Coreia do Norte junta-se a Rússia e Síria e reconhece Donetsk e Lugansk
A Coreia do Norte reconheceu hoje a independência das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, juntando-se à Rússia e Síria, anunciou a embaixada norte-coreana em Moscovo.
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
A nota de reconhecimento foi entregue ao embaixador da Rússia em Pyongyang, disse um porta-voz da representação diplomática da Coreia do Norte em Moscovo à agência russa Interfax.
"A República Popular Democrática da Coreia reconheceu hoje a República Popular de Donetsk", escreveu o líder da região separatista, Denis Pushilin, na rede social Telegram, segundo a agência espanhola EFE.
Pushilin disse que "o estatuto internacional da República Popular de Donetsk continua a ser reforçado".
O dirigente separatista agradeceu ao povo norte-coreano pelo seu apoio e expressou confiança no desenvolvimento das relações com a Coreia do Norte.
Tal como a Síria, a Coreia do Norte faz parte dos países que se têm recusado a criticar a Rússia e têm manifestado apoio a Moscovo na guerra com a Ucrânia.
A Síria reconheceu a independência de Donetsk e Lugansk em 29 de junho.
O reconhecimento pela Rússia das autoproclamadas repúblicas populares do leste da Ucrânia ocorreu em 21 de fevereiro, três dias antes de invadir o país vizinho.
Na altura, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse que estava a responder a um pedido de ajuda de Donetsk e Lugansk para travar o que apelidou de "genocídio" das respetivas populações russófonas levado a cabo pela Ucrânia.
Donetsk e Lugansk integram a região do Donbass e as forças pró-Moscovo iniciaram a guerra separatista contra Kiev em 2014, quando a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia.
A guerra na Ucrânia entrou hoje no 140.º dia, mas desconhece-se o número de baixas civis e militares.
A ONU confirmou a morte de mais 5.000 civis desde a invasão russa, mas tem alertado que o número será consideravelmente superior.
Os aliados ocidentais têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia e fornecido armas à Ucrânia para ajudar a combater as forças de Moscovo.
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