"Ao longo da única estrada para Brooklyn, encontramos corpos em decomposição ou queimados", disse na terça-feira o chefe de missão da organização não-governamental (ONG) no Haiti, Mumuza Muhindo, acrescentando que "podem ser pessoas mortas durante os combates ou pessoas que estavam a tentar sair e foram alvejadas"
"É um verdadeiro campo de batalha. Não é possível estimar quantas pessoas foram mortas", acrescentou.
O responsável apelou à comunidade humanitária para "responder às necessidades urgentes das pessoas em Brooklyn e noutros bairros afetados pelos combates", que incluem acesso a água, alimentos e cuidados médicos.
Os MSF deram conta de que três profissionais de saúde residentes em Brooklyn têm estado a tratar os feridos numa clínica privada, o único centro de saúde ainda em funcionamento na área.
"A população não tem acesso a água, não tem acesso à eletricidade, e tem grande necessidade de cuidados de saúde (...). Devido aos combates atuais, a situação piorou", advertiu Muhindo.
A ONG está a tentar retirar de Brooklyn pessoas com necessidades médicas críticas, enquanto muitos outros residentes estão também a pedir ajuda para deixar a área, mas não conseguem fazê-lo.
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