O caçador furtivo, um polícia, foi apanhado em flagrante por civis que estavam numa paragem de moto-táxis e ouviram os gritos do bebé macaco numa sacola que o homem transportava.
Na bolsa, estavam dois macacos: um adulto morto e um bebé, cujos gritos alertaram os transeuntes que prenderam o caçador furtivo, um polícia, no leste da República Democrática do Congo, disseram hoje fontes locais citadas pela agência France-Presse.
"Agradecemos à população que vive perto do Parque Kahuzi-Biega, que está a consciencializar-se do ecocídio que está a ocorrer à volta e dentro desta área protegida", disse Josué Aruna, presidente da sociedade civil ambiental da província de Kivu do Sul.
Na sexta-feira, moradores da aldeia de Bushaku 2, localizado na orla daquele parque, aguardavam por transporte numa paragem de moto-táxi quando ouviram gritos vindos de uma sacola na qual "um macaquinho bebé, de cerca de 8 meses, se mexia", disse Delphin Birimbi, presidente da sociedade civil local.
Os moradores prenderam o caçador e alertaram os funcionários do parque. Os guardas da natureza intervieram e, segundo Birimbi, levaram o polícia para as dependências do Ministério Público Militar.
O macaco adulto foi morto a tiro, enquanto o bébé, batizado de "Bushaku", foi levado para o Centro de Reabilitação de Primatas Lwiro (CRPL), instalado perto do Parque Natural Kahuzi-Biega.
De acordo com Aruna, quem "introduzir armas de fogo ou outros instrumentos de caça numa reserva natural integral" está sujeito a pena que pode ir até três anos de prisão e a uma multa de 100.000 a 1.500.000 francos congoleses (50 a 750 dólares).
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