EUA elogiam "determinação" do povo cubano nos protestos de 2021
No dia do primeiro aniversário de protestos antigovernamentais em Cuba, os Estados Unidos elogiaram a "determinação indomável" dos cubanos "perante a opressão" do regime de Havana.
© Reuters
Mundo Cuba
"Um ano após os protestos de 11 de julho de 2021 em Cuba, os Estados Unidos reconhecem a determinação e coragem do povo cubano, que continua a lutar pelo respeito dos direitos humanos e perseverando perante a repressão", escreveu hoje o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, num comunicado.
O secretário de Estado norte-americano lembra que os dois povos "compartilham fortes laços de família e amizade, bem como um desejo fervoroso de liberdade", prometendo que os Estados Unidos continuarão "ao lado do povo cubano, para apoiar a sua luta pela democracia".
Blinken responsabiliza os funcionários do regime cubano "por abusos de direitos humanos" e condena "as restrições às liberdades fundamentais e direitos dos trabalhadores", pedindo ainda a "libertação incondicional de presos políticos" que enfrentaramm o regime de Havana.
Dirigindo-se sempre ao "povo cubano", Blinken diz que os norte-americanos "assistiram com admiração, em 11 de julho de 2021, quando dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas, levantando a sua voz pelos direitos humanos, liberdades fundamentais e uma vida melhor".
"Estamos ao vosso lado. Enquanto o regime cubano, em vez de ouvir as vozes do povo, condenou centenas de manifestantes a sentenças de prisão de décadas", denunciou o chefe da diplomacia norte-americana, dizendo ser "inaceitável" que mais de 700 desses manifestantes ainda permaneçam atrás das grades.
Hoje, num relatório intitulado "Prisão ou exílio: a repressão sistemática de Cuba de julho de 2021", a Human Rights Watch denunciou numerosas violações de direitos humanos que foram cometidas para tentar travar as manifestações que juntaram milhares de pessoas em todo o país para protestar contra a falta de medicamentos e de alimentação, bem como os frequentes cortes de energia.
Durante o passado fim de semana, o Departamento de Estado norte-americano anunciou que vai impor restrições de viagem a 28 funcionários cubanos pelo seu papel na repressão dos protestos antigovernamentais de 11 de julho de 2021.
As restrições suspenderão "a entrada, sem ser por imigração, nos Estados Unidos a responsáveis e funcionários do Governo cubano e do Partido Comunista cubano", segundo um comunicado divulgado no sábado pelo Departamento de Estado e assinado por Antony Blinken.
Em 11 de julho de 2021, milhares de cubanos saíram às ruas nas maiores manifestações de protesto em todo o país contra o Governo desde a revolução de 1959, queixando-se da falta de alimentos e medicamentos, com o regime a responder com repressão.
Aquilo que começou por ser uma manifestação pacífica nas ruas de Havana, rapidamente se transformou num movimento de protesto que se alargou a outras cidades e mesmo fora de fronteiras, com a polícia a fazer centenas de detenções e a disparar contra ativistas e dissidentes.
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