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Estado Islâmico da África Ocidental reivindica ataque a prisão na Nigéria

O grupo terrorista Estado Islâmico da África Ocidental (Iswap) assumiu a responsabilidade pelo ataque a uma prisão na capital da Nigéria, Abuja, que resultou na fuga de várias centenas de prisioneiros, incluindo de dezenas de membros do Boko Haram.

Estado Islâmico da África Ocidental reivindica ataque a prisão na Nigéria
Notícias ao Minuto

15:09 - 07/07/22 por Lusa

Mundo Terrorismo

O grupo indicou, em comunicado, que o ataque faz parte da operação 'Breaking the Walls', lançada antes de sua ofensiva relâmpago, em 2014, no Iraque e na Síria, segundo o sítio Intelligence Group, agência especializada no controlo de grupos terroristas.

As autoridades nigerianas realçam que mais de 800 prisioneiros conseguiram escapar-se da prisão, na sequência do ataque, embora mais de 400 tenham sido capturados pouco depois pelas forças de segurança, conforme noticiado pelo jornal nigeriano 'The Premium Times'.

O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, fez uma visita à área durante o dia, na quarta-feira, enquanto os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido lançaram alertas de segurança por causa da fuga dos reclusos.

A embaixada norte-americana em Abuja informou, numa nota no seu sítio oficial, que "um aumento da criminalidade é esperado em Abuja e nos arredores" e recomendou aos seus cidadãos que "mantenham um alto nível de consciencialização sobre a sua segurança pessoal durante as próximas duas semanas e evitem viagens desnecessárias na estrada do aeroporto".

Por seu lado, o Ministério das Relações Exteriores britânico atualizou o alerta para viagens, recomendando aos seus cidadãos "que sejam ainda mais vigilantes na área" após o ataque à prisão, que causou "a fuga de um número indeterminado de prisioneiros".

O ataque ocorreu na última terça-feira e os terroristas usaram explosivos contra a prisão de Kuje, uma cidade perto da capital nigeriana, Abuja.

O Iswap surgiu como uma divisão de outro grupo terrorista, o Boko Haram, após o líder deste último, Abubakar Shekau, ter jurado fidelidade, em 2015, ao então líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al Baghdadi.

Após isso, Abubakar Shekau foi retirado da liderança, tendo sido nomeado um outro líder para o Boko Haram, facto que conduziu à separação do grupo e ao surgimento do Iswap.

Os ataques na Nigéria, antes concentrados no nordeste do país - onde operam Boko Haram e o Iswap - espalharam-se nos últimos meses para outras áreas do norte e noroeste, lançando o alerta sobre a possível expansão dessas redes, de terroristas e criminosos.

Leia Também: Seiscentos presos escapam de prisão na Nigéria após alegado ataque

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