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Presidente moçambicano fala com Zelensky e apela ao diálogo

O Presidente moçambicano defendeu hoje o diálogo entre Ucrânia e Rússia para acabar com a guerra, durante um telefonema com o homólogo Volodymyr Zelensky, anunciou o gabinete presidencial em Maputo.

Presidente moçambicano fala com Zelensky e apela ao diálogo
Notícias ao Minuto

23:34 - 06/07/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

Filipe Nyusi apelou "à Ucrânia e à Rússia, no sentido de voltarem ao diálogo direto e, com humildade, buscarem uma solução diferente da guerra", detalhou a presidência moçambicana em comunicado.

Na conversa com Zelensky, que durou mais de meia hora, Nyusi "lamentou e manifestou solidariedade pela perda de mais de dez mil vidas" e pelos "mais de doze milhões de deslocados, bem como a destruição de infraestruturas" na Ucrânia.

O chefe de Estado moçambicano justificou "a abstenção em relação à guerra entre a Rússia e a Ucrânia" nas Nações Unidas, "como uma postura decorrente da Constituição da República e da política externa que defendem a solução de diferendos por meio do diálogo".

Disse ainda que "Moçambique defende o respeito pelo Direito Internacional Humanitário, direitos humanos e proteção das vítimas de guerra e de conflitos armados", acrescentou o comunicado.

A Ucrânia foi um dos países que há um mês votou a favor da eleição de Moçambique para o lugar rotativo de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas - o país lusófono recebeu a totalidade dos 192 votos possíveis - e o chefe de Estado lusófono hoje agradeceu.

Zelensky "felicitou Moçambique pela eleição" e fez um ponto de situação sobre a invasão russa, acrescentando que quer "explicar aos países africanos, num fórum apropriado" a situação de segurança e abordar aspetos de índole económico e comercial - intenção saudada por Nyusi.

"Os dois governantes comprometeram-se, ainda, a manter consultas e a apoiar-se mutuamente no exercício das suas funções e na necessidade de garantir a segurança internacional", concluiu o comunicado.

Moçambique esteve entre os países que se abstiveram em duas resoluções que foram a votos na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU): uma condenou a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia devido à guerra e outra suspendeu-a do Conselho de Direitos Humanos.

Leia Também: Forças Armadas ucranianas dizem que bloquearam avanço russo em Sloviansk

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