Turquia reivindica a morte de 20 membros das milícias curdas sírias
A Turquia afirmou hoje que o seu exército matou 20 alegados rebeldes curdos no norte da Síria, onde as forças turcas estão presentes na sequência da operação militar "Ramo de Oliveira" de 2018 e após anunciarem nova ofensiva.
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Mundo Turquia
Num curto comunicado, o Ministério da Defesa turco referiu-se aos membros das milícias curdo-sírias como "terroristas do PKK/YPG que perturbam a segurança e devem ser neutralizados", sem precisar quantos combatentes foram abatidos.
A agência noticiosa espanhola EFE refere a morte de 20 elementos das milícias curdo-sírias.
Há apenas uma semana o mesmo ministério tinha-se referido a 29 mortos entre as milícias curdas sírias em Yarabulus e Afrin, na Síria, e voltou a elogiar a operação dos seus comandos no norte do país vizinho, recordando as anteriores campanhas militares na região.
A Turquia efetua incursões na Síria, em particular no noroeste, desde 2016 em particular para combater as Unidades de Proteção Popular (YPG) curdo-sírias, o braço armado do Partido da União Democrática (PYD) que Ancara considera vinculada ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), tendo já desencadeado três ofensivas na região.
O PKK, a guerrilha curda da Turquia que pegou em armas em 1984 no seu combate por um Curdistão autónomo, é classificado como uma organização terrorista por Ancara, União Europeia (UE) e Estados Unidos.
Washington vinha apoiando as milícias do YPG no seu combate contra o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), uma aliança criticada pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Na semana passada, antes de participar na cimeira da NATO, realizada em Madrid, Erdogan declarou que as operações transfronteiriças turcas têm por objetivo "eliminar o PKK e a sua ala síria YPG na zona fronteiriça" com a Turquia.
Ainda no âmbito da Aliança Atlântica, a Turquia, Estado-membro desde 1952, fez depender a aprovação da candidatura da Finlândia e da Suécia à NATO da posição destes países face às YPG, ao exigir que Helsínquia e Estocolmo considerem estas milícias como uma formação terrorista.
Vários membros do Governo turco têm sugerido que o país pretende desencadear uma nova operação transfronteiriça para assegurar uma área de 30 quilómetros de profundidade em território sírio e ao longo da fronteira turca.
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