EUA. Dona de funerária declara-se culpada pela venda de partes de corpos
Megan Hess, de 45 anos, enfrenta uma pena máxima de 20 anos de prisão.
© Reuters
Mundo EUA
A proprietária de uma casa funerária, no estado norte-americano do Colorado, acusada de vender cinzas falsas e partes de corpos de forma ilegal, declarou-se culpada por fraude postal, na terça-feira.
Megan Hess, de 45 anos, enfrenta uma pena máxima de 20 anos de prisão. Ainda assim, ao declarar-se culpada, as restantes cinco acusações de fraude postal e as três acusações de transporte de substâncias perigosas serão retiradas, informa a Associated Press.
Durante a audiência, Hess garantiu estar a “assumir a responsabilidade”, uma vez que “as famílias acreditam que [foi] além do indicado nos formulários de consentimento”, cita o The Daily Sentinel. “Passaram 53 meses desde que esta fantochada legal começou. 53 longos meses”, complementou.
Contudo, algumas das famílias afetadas consideraram que a mulher não mostrava remorsos, naquilo que classificaram como “inconcebível”.
Hess dirigia a casa funerária Sunset Mesa, em Montrose, com a mãe, Shirley Koch. As mulheres acabaram detidas, em 2020, acusadas de vender partes de corpos sem o consentimento das famílias, assim como de falsas cremações, por cerca de mil dólares (974,81 euros), entre 2010 e 2018. Venderam, também, partes de corpos a entidades dedicadas à investigação científica, indo, muitas vezes, contra o desejo das famílias.
Mãe e filha transportaram ainda corpos de pessoas com doenças infeciosas, como o vírus da imunodeficiência humana (VIH) e as hepatites B e C, apesar de assegurarem que os restos mortais não tinham qualquer doença.
Inicialmente, Hess e Koch declararam-se inocentes. A sentença de Hess deverá acontecer em janeiro, ao passo que Koch terá uma audição para mudar o testemunho inicial no dia 12 de julho.
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