Cosmonautas russos exibem bandeira separatista de Lugansk
Os cosmonautas celebraram a vitória na região de Lugansk com uma foto polémica na Estação Espacial Internacional.
Notícias ao Minuto | 20:10 - 04/07/2022© Getty Images
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Rússia/Ucrânia
Assinala-se esta segunda-feira o 131.º dia da invasão das tropas russas na Ucrânia. No dia seguinte às forças ucranianas terem confirmado a retirada de Lisichansk, na região de Lugansk, líderes, responsáveis por organizações e representantes dos setor privado reúnem-se em Lugano, na Suíça, para esboçar uma espécie de Plano Marshall, com vista à reconstrução da Ucrânia.
Os ataques russos continuam não só na zona do Donass, como também pelo resto do país. Já hoje o governador de Kharkiv anunciou que as forças russas atingiram uma escola primária durante a madrugada - outros ataques foram registados.
Boa noite. Terminamos por agora a nossa cobertura AO MINUTO sobre os principais acontecimentos na Ucrânia. Voltaremos na terça-feira de manhã com todas as notícias sobre a guerra na Ucrânia. Obrigado por ter ficado connosco.
O Reino Unido vai propor uma nova lei que obrigará as empresas de redes sociais a combater desinformação proveniente de outros países, uma medida que pretende atacar os esforços de desinformação por parte do Kremlin.
Segundo a Reuters, a lei obriga que empresas coma a Meta (empresa que detém o Facebook, o Instagram e o WhatsApp) e o Twitter combatam a criação de contas falsas em outros países, especialmente nas tentativas da Rússia de interferir com eleições. O regulador britânico das telecomunicações irá garantir o cumprimento da lei.
A secretária da Digitalização, Nadine Dorries, acrescentou esta segunda-feira que a invasão na Ucrânia demonstrou mais uma vez a capacidade da Rússia de espalhar desinformação através das redes sociais.
A primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, pediu hoje um maior apoio europeu à Ucrânia e novas sanções contra a Rússia, cujo exército está a avançar no território do leste ucraniano. "Não se deve permitir que a Rússia obtenha ganhos através da violação do direito internacional e de outros princípios fundamentais", disse a governante sueca durante uma conferência de imprensa com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em Kyiv.
Moscovo admite que a sua resposta à expulsão pela Bulgária de 70 membros do seu corpo diplomático pode incidir sobre o conjunto da União Europeia, afirmou hoje a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
"A decisão politizada de Sofia de reduzir de maneira injustificada o nosso pessoal diplomático na Bulgária não vai ficar certamente sem resposta bilateral", declarou Maria Zakharova, em comunicado.
A Ucrânia está a negociar com a Turquia e a Organização das Nações Unidas (ONU) para assegurar o envio de exportações de grãos de forma segura, através do Mar Negro. Numa conferência de imprensa, acompanhado pela primeira-ministra sueca, Volodymyr Zelensky confirmou as negociações.
"É muito importante que alguém garanta a segurança dos navios deste ou daquele país - aparte da Rússia, de quem nós não confiamos", disse o presidente ucraniano, citado pelo The Guardian, que também mencionou que a Ucrânia está a trabalhar "diretamente" com António Guterres, secretário-geral da ONU.
Os três cosmonautas russos a bordo da Estação Espacial Internacional voltaram às polémicas, depois de a agência espacial russa ter publicado uma fotografia em que os três exibem a bandeira da autoproclamada república separatista de Lugansk.
A fotografia surge pouco depois dos russos assumirem o controlo total de toda a província ucraniana, um avanço considerado pelo Kremlin e pelo presidente Vladimir Putin como uma vitória.
A concessionária das minas de Torre de Moncorvo Aethel Mining admitiu hoje que a guerra na Ucrânia fez disparar a procura de agregado de ferro ali extraído, tendo pré-vendas para os próximos 18 meses.
"A procura pelo nosso produto em todo o mundo é enorme. Temos um excelente produto e uma logística muito boa. Devido à situação desoladora na Ucrânia, que é um grande produtor de minério de ferro, a procura pelo produto produzido em Torre de Moncorvo disparou e temos pré-vendas para os próximos 18 meses", explicou à agência Lusa fonte oficial da Aethel Mining.
O exército polaco será reforçado com 15.000 novos soldados este ano, como parte de um plano para ampliar a sua capacidade militar e melhorar os resultados obtidos em simulações militares contra uma hipotética invasão russa.
O ministro da Defesa da Polónia, Mariusz Blaszczak, anunciou hoje que 8.000 desses 15.000 recrutas já estão "operacionais", depois de terem completado 28 dias de treino básico, e que a partir de hoje outros 1.000 jovens começam a instrução, em 16 quartéis de vários pontos do país.
O ministério da Defesa ucraniano partilhou imagens a demonstrar o poder dos sistemas HIMARS, um equipamento que dispara mísseis de alta precisão. O governo recebeu este equipamento depois do envio de armas dos Estados Unidos, que tinha sido prometido por Joe Biden.
Segundo a Sky News, o equipamento demonstrado é mais avançado do que qualquer um utilizado até agora pela Ucrânia na guerra.
Бойова робота #HIMARS. Запорізький напрямок. Гарно, швидко, точно.
— Генеральний штаб ЗСУ (@GeneralStaffUA) July 4, 2022
Combat work of HIMARS. Zaporizhzhia direction. Beautiful, fast, accurate. @DeptofDefense
@thejointstaff pic.twitter.com/LEI2ocoUiP
Portugal vai ajudar na reconstrução de escolas na região ucraniana de Jitomir, a cerca de 150 quilómetros de Kyiv, anunciou hoje o ministro da Educação, João Costa.
"Vamos concentrar o nosso apoio numa região específica, Jitomir, onde já temos um trabalho de mapeamento de escolas onde podemos intervir", disse à Lusa o ministro da Educação, que participa na Conferência de Lugano, na Suíça, que tem como objetivo a elaboração de um plano para a reconstrução da Ucrânia.
Uma faixa de terreno localizada no exterior da Embaixada Britânica em Moscovo será nomeada em homenagem da autoproclamada República Popular de Lugansk, localizada no leste da Ucrânia e atualmente dominada por forças separatistas pró-Rússia.
Segundo informa a Reuters, que cita a administração da cidade, a decisão foi tomada na sequência de uma sondagem online.
Portugal atribuiu até esta segunda-feira 46.181 proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia, 28% das quais concedidas a menores, anunciou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
O primeiro-ministro do Reino Unido disse, esta segunda-feira, que o encontro dos parceiros da NATO, que decorreu a semana passada, em Madrid, "excedeu todas as expetativas".
De acordo com a Sky News, Boris Johnson referia-se às questões da união e de um consenso em "apoiar a Ucrânia durante o tempo que for necessário". O governante disse ainda, durante uma sessão parlamentar, que deveria acabar o "mito de que as democracias ocidentais não têm resistência para uma crise prolongada".
Johnson sublinhou ainda a ideia de que, se o presidente da Rússia não for travado, a invasão não vai parar pela Ucrânia.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou, esta segunda-feira, vitória na região leste ucraniana de Lugansk, um dia depois de as forças ucranianas se terem retirado do seu último baluarte de resistência nessa província.
O presidente da Ucrânia disse, esta segunda-feira, que a reconstrução do país é um "tarefa comum" a todos os envolvidos.
"A reconstrução da Ucrânia não é um projeto local. Não é o projeto de uma nação, mas uma tarefa comum ao mundo democrático, a todos os países que podem dizer que são civilizados", afirmou, durante a sua intervenção - virtual - na Conferência para a Reconstrução da Ucrânia, que decorre hoje e terça-feira, em Lugano, na Suíça.
Volodymyr Zelensky disse ainda que esta reconstrução seria também uma oportunidade para demonstrara que "a liberdade é mais poderosa do que a tirania".
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido reiterou, esta segunda-feira, que a Ucrânia ia precisar de uma espécie de Plano Marshall, que serviu para reconstruir os locais na Europa devastados pela II Guerra Mundial.
"Precisa de ser um novo Plano Marshall para a Ucrânia a precisa der ser coordenado pela Ucrânia", afirmpu Liz Truss, durante a Conferência da Reconstrução da Ucrânia, que decorre hoje e terça-feira, em Lugano, na Suíça.
A responsável sublinhou ainda que era "imperativo" que a economia ucraniana não estagnasse. "Precisamos de apoiar os ucranianos, de lhes dar esperança sobre o futuro, e precisamos também de lhes dar os meios para se sustentarem", rematou Truss.
A presidente da Comissão Europeia anunciou, esta segunda-feira, que a União Europeia vai criar uma plataforma para coordenar a reconstrução da Ucrânia após a guerra com a Rússia terminar.
"Vamos comprometer-nos substancialmente numa reconstrução a médio e longo prazo", garantiu Ursula Von der Leyen, durante a Conferência de Reconstrução da Ucrânia, que decorre hoje e terça-feira, em Lugano, na Suécia.
De acordo com a responsável, serão programas as necessidades de investimento, os recursos necessários e a ação de coordenação.
Von der Leyen reiterou que o bloco europeu quer que a Ucrânia se torna um membro.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, lamentou, esta segunda-feira, que a NATO nada tenha feito para a Ucrânia vir a aderir à Aliança Atlântica, ao contrário do que aconteceu com a União Europeia.
A Áustria anunciou que vai subsidiar empresas que levem gás natural não-russo para o país nos próximos meses no âmbito de um plano para reduzir rapidamente a elevada dependência do país, de 80%, dos fornecimentos da russa Gazprom.
O presidente do Comité das Regiões (CdR) europeu, Vasco Cordeiro, disse, esta segunda-feiura, à agência Lusa que a responsabilidade da instituição é de "reunir todas as cidades e regiões europeias" em torno da reconstrução da Ucrânia.
O primeiro ministro da Ucrânia disse, esta segunda-feira, que a reconstrução da Ucrânia iria custar cerca de de 750 mil milhões dólares, cerca de 717 mil milhões de euros.
O anúncio foi feito durante a Conferência de Recuperação da Ucrânia, que decorre hoje e terça-feira, em Lugano, na Suíça.
De acordo com a Reuters, Denys Shmyhal acrescentou que houve danos nas infraestruturas no valor de 100 mil milhões de dólares, cerca de 96 mil milhões de euros.
Aiden Aslin, dos cinco militares estrangeiros condenados à morte pela Rússia desde a invasão das tropas russas pediu um recurso da sua sentença.
"Um pedido de recurso contra a sentença foi pedido hoje", disse, esta segunda-feira, estatal o advogado que o representa. O britânico é o último dos três primeiros condenados por um autoproclamado tribunal da república Popular de Donetsk.
Já na sexta-feira, um Supremo Tribunal recebeu os recursos do também britânico Shaun Pinner e do marroquino Brahim Saadoun.
Recorde-se que este tribunal é apenas reconhecido pela Rússia e pela Síria. A comunidade internacional já apontou o dedo a estas condenações.
O porta-voz do Ministério Estrangeiro da Ucrânia reiterou, esta segunda-feira o convite feito ao Papa Francisco para visitar Kyiv.
"É tempo de aprofundarmos as relações com aqueles que realmente o desejam. Renovamos o convite para visitar o nosso país ao Papa Francisco e pedimos-lhe que continue a rezar pelos ucranianos", afirmou o responsável, quando questionada sobre a entrevista que o chefe da Igreja Católica deu à Reuters - e durante a qual disse que estaria disponível para visitar a Ucrânia após a sua visita ao Canadá - que termina a 30 de julho. O Papa Francisco disse ainda que antes de ir ao território invadido gostaria de se dirigir a Moscovo e estar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
O preço do gás natural de referência na Europa ultrapassou, esta segunda-feira, 159 euros por megawatt hora (MWh), um máximo desde 9 de março devido aos receios de um corte no fornecimento da Rússia através do gasoduto Nord Stream I.
As autoridades turcas interceptaram um navio russo no Mar Negro que poderá conter trigo roubado aos ucranianos. De acordo com a Reuters, as autoridades ucranianas pediram à Turquia para deter esta embarcação.
"Na sequência de um pedido, o navio Zhibek Zholy foi interceptado em Karasu [uma cidade turca costeira]", disse um dos responsáveis. "As alegações estão também a ser investigadas. Não está identificado de quem é o trigo", explicou, citado pela Reuters.
De acordo com a mesma fonte, a Turquia está em conversações com a Rússia, a Organização das Nações Unidas e outras partes interessadas, que não foram identificadas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia felicitou os Estados Unidos, esta segunda-feira, pelo Dia da Independência, que se assinala hoje.
"Felicitações para os nossos amigos americanos pelo 4 de Julho. A independência é sagrada para as nossas nações", começou por sublinhar Dmitry Kuleba numa publicação partilhada no Twitter.
"Estou extremamente agradecido aos Estados Unidos e ao secretário de Estado, Antony Blinken, pelas suas ações por estar ao lado da Ucrânia, incluindo este novo pacote de sanções contra a Rússia", rematou.
Um porta-voz da exército da Ucrânia disse, esta segunda-feira, que a bandeira do país foi hasteada novamente na Ilha das Serpentes.
"O território regressou à jurisdição da Ucrânia", garantiu a responsável, citada pela Reuters, durante uma conferência de imprensa.
Recorde-se que a ilha está agora nas mãos das forças ucranianas depois de, na semana passada, as forças russas se terem retirado. Um dia depois da saída do exército russo, o local foi atacado pelo menos duas vezes por bombas de fósforo branco, uma arma química proibida em 1997. Pode ser aqui as imagens.
The Ukrainian flag has been raised again on Snake Island in the Black Sea, a Ukrainian military spokesperson has said, after russian troops had to withdraw from the strategic outpost last week#StandWithUkraine pic.twitter.com/mkNUK8rNla
— Stratcom Centre UA (@StratcomCentre) July 4, 2022
Antes desta retirada russa a ilha já era conhecida, já que se tornou um símbolo de resistência para as forças da Ucrânia. De relembrar que nos primeiros dias guerra 13 soldados ucranianos que estavam no local foram dados como mortos depois de se terem recusado a render-se às forças russas. "Vão-se lixar", responderam os militares ucranianos aos russos.
Cerca de um mês depois, os soldados voltaram a casa, após terem sido feitos reféns pelas forças russas. Acabaram por ser condecorados pela coragem.
O Papa Francisco disse durante uma entrevista à Reuters que gostaria de visitar a Ucrânia e a Rússia para "servir a causa da paz". Ainda segundo contou o responsável pela Igreja Católica, gostaria de estar primeiro na Rússia.
"Comunicámos acerca disto porque, se o presidente da Rússia me abrisse uma janela de oportunidade, eu gostaria de lá ir para servir a causa da paz - e isso é possível quando regressar do Canadá. É possível que consiga ir à Ucrânia", afirmou.
"A prioridade é ir à Rússia para tentar ajudar de alguma forma, mas gostaria de ir a ambas as capitais", reiterou.
O responsável considerou ainda que apesar das conversações "muito cordiais e diplomáticas" com a Rússia, "a porta estaria aberta" para visitar o país. O Papa Francisco viajará até ao Canadá no final e julho, onde estará de 24 a 30 de julho.
Papa Francisco está pronto para visitar Ucrânia e Rússia no final do mês - mas quer ir a Moscovo primeiro
O governador regional de Lugansk disse, esta segunda-feira, que as próximas cidades a ser atacadas pelas tropas russas deveriam ser Sloviansk e Bakhmut, na região de Donetsk.
"Em termos militares, é mau abandonar as posições, mas não é nada crítico [na retirada de Lisichansk. Precisamos de ganhar a guerra, não a batalha por Lisichansk", rematou Serhiy Haidai, acrescentando: "[Perder Lisichansk] Custa muito, mas não significa perder a guerra".
"O objetivo principal da Rússia é a região de Donetsk. Sloviansk e Bakhmu vão ser atacados - Bakhmu já começou a ser muito bombardeada", notou.
A porta voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse, esta segunda-feira, que as explosões em Belgorod, na Rússia, e na sequências das quais morreram três pessoas, foram uma provocação das forças ucranianas.
"O objeto do regime de Kyiv é atacar com armas em zonas residenciais da cidade. Defendemos que estas ações não foram planeadas só com o Ocidente, mas, principalmente, por eles", afirmou Maria Zakharova durante um vídeo partilhado no Telegram.
A responsável afirmou que o objetivo de explosões como a deste tipo seria um eventual ataque de retaliação para depois "andar à volta da histeria anti-Rússia", rematou.
O principal conselheiro da presidência da Ucrânia considerou, esta segunda-feira, que a Rússia acha que já estava em guerra com a Europa. "Chantagem com o gás, aumento dos preços, crise migratória, ciberataques, cibersegurança...", começou por enumerar.
"Cada elemento é uma parte do panorama geral: do ponto de vista de Putin, ela JÁ ESTÁ em guerra com a Europa. Muitso líderes europeus percebem isto. Outros deveriam dizer adeus a ilusões perigosas", rematou Mykhailo Podolyak.
Gas blackmailing, prices rising, migration crisis, cyberattacks, propaganda... Each element is a part of bigger picture: from Putin's point of view, he is ALREADY having the war with Europe. Many EU leaders understand this. Others should rather say goodbye to dangerous illusions.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) July 4, 2022
O presidente da Ucrânia parabenizou, esta segunda-feira, os Estados Unidos pelo Dia da Independência do país, que se assinala hoje. "Feliz Dia da Independência às pessoas nos Estados Unidos e ao presidente! Desejo paz e prosperidade aos amigos americanos. Valorizo a ajuda dos Estados Unidos na defesa dos nossos valores em comum - Liberdade, Democracia e Independência", escreveu Volodymyr Zelensky no Twitter.
Happy Independence Day to the people of 🇺🇸 and @POTUS! I wish the friendly people of 🇺🇸 peace and prosperity. I appreciate the leadership assistance of the United States in Ukraine's defending of common values - Freedom, Democracy and Independence.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) July 4, 2022
O porta-voz do Kremlin disse, esta segunda-feira, que o presidente da Rússia não ia parabenizar o seu homólogo norte-ameriano pelo Dia da Independência dos Estados Unidos, que se assinala hoje.
"Felicitações este ano serão dificilmente consideradas", afirmou Dmitry Peskov, citado pela Reuters, durante a habitual conferência diária.
"As medidas hostis dos Estados Unidos são o motivo", justificou-se, referindo-se às sanções impostas pela administração Biden à Rússia na sequência da invasão na Ucrânia.
O guarda-redes russo de hóquei Ivan Fedotov foi detido, na sexta-feira, por, alegadamente, tentar escapar ao serviço militar, avançam os meios de comunicação russos. De acordo com a procuradoria-geral russa, há provas suficientes para a acusação.
Já o advogado do jogador defendeu, citado pela agência russa Ria, que este não tinha escapado ao serviço militar.
Ivan Fedotov foi detido à saída da arena de hóquei de São Petersburgo e transportado para as instalações de serviço militar, onde terá adoecido e depois foi transportado para o hospital.
O jogador, que nasceu na Finlândia mas também tem nacionalidade russa, assinou o mês passado com a Philadelphia Flyer, uma equipa de hóquei dos Estados Unidos.
O governador da região de Lugansk considerou, esta segunda-feira, que a retirada de Lisichansk foi uma "muito dolorosa", mas que não deixou der ser a melhor opção.
"Havia uma hipótese de aguentar Lisichansk durante algum tempo, mas a que preço? Aguentar mais duas semanas? As tropas russas iriam cercar-nos por Bilohorivka, Popasna and Komyshuvakha e iríamos perder toda a unidade", disse Serhiy Hayday à CNN.
"É certo que [a retirada] foi uma decisão muito dolorosa, muito difícil, mas agora os nossos homens estão a salvo, o equipamento está intacto, todos nós estamos aptos para continuar a lutar contra o exército russo", rematou.
O responsável pediu mais ajuda dos aliados, sublinhando que as tropas russas tinham vantagem em termos de armamento.
"
O embaixador dos Estados Unidos na China disse, esta segunda-feira, que o país não deveria espalhar "propaganda" russa na sequência da invasão da Rússia na Ucrânia.
"Espero que o porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros também pare de contar mentiras acerca de laboratórios de armas biológicas americanas, que não existem na Ucrânia", afirmou Nicholas Burns durante o Fórum Mundial da Paz, que se se realiza na China.
Para além das críticas deixadas pelo responsável norte-americano à invasão na Europa, também os embaixadores do Reino Unido e de França apontaram o dedo ao Kremlin e consideram que esta guerra era "a maior ameaça à ordem global". Estas posições foram rejeitadas pelo embaixador da Rússia em Pequim, Andrey Denisov, que também se encontrava no local.
O foco da investida militar russa na Ucrânia, após conquistada a região de Lugansk, passará por tentar tomar posse de toda a região vizinha, Donetsk, adiantou, esta segunda-feira, o governador da primeira destas zonas, Serhiy Gaidai, citado pela Reuters.
Já os serviços secretos do Reino Unido tinha defendendo, no seu relatório diário de hoje que as tropas russas se ia concentrar "quase de certeza" em controlar Donetsk.
Pelo menos nove civis morreram e outros 25 ficaram feridos em bombardeamentos russos nas últimas horas em vários pontos da região de Donetsk, no leste da Ucrânia, disseram, esta segunda-feira, as autoridades locais.
"Os russos mataram nove civis na região de Donetsk: seis em Sloviansk, um em Avdiivka, um em Bakhmut e um em Zaitseve. Entre os mortos estavam duas crianças: uma em Sloviansk e outra em Zaitseve. Outras 25 pessoas ficaram feridas", declarou o chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kyrylenko.
Foi a 25 de junho que Severodonetsk, na região de Lugansk, foi tomada pelas forças russas. Aquela cidade estratégica no leste do país mostra-se “destruída”, conforme havia adiantando o governador regional, Serhiy Haidai.
Um novo vídeo, partilhado pelo meio de comunicação bielorrusso Nexta, concede um vislumbre da destruição de Severodonetsk.
Os músicos das Forças Armadas da Ucrânia fizeram, esta segunda-feira, uma homenagem aos Estados Unidos, onde hoje se celebra o Dia da Independência. Num vídeo partilhada no Facebook, a banda cantou o hino nacional do país, 'A Bandeira Estrela' (The Star-Spangled Banner no título original).
Recorde-se que a administração Biden tem apoiado a Ucrânia, com pacotes no valor de milhares de milhões.
"Caros amigos americanos: agradecemos todo o apoio que recebemos dos Estados Unidos - e hoje desejamos-vos uma Dia da Independência feliz", dizem responsáveis no final do vídeo.
Para além do apoio anunciado na sexta-feira - que inclui o aumento de sanções impostas à Rússia, proibição da importação do ouro russo e interdição da permanência de mais de 800 pessoas em território australiano -, o primeiro-ministro da Austrália informou que estava a preparar um pacote no valor de cerca de 70 milhões.
"A invasão das tropas russas é uma grave violação do direito internacional. Vi em primeira mão a devastação e traumas que foram infligidos aos ucranianos", afirmou Anthony Albanese, de acordo com um comunicado emitido.
De acordo com a mesma nota, cerca de 64 milhões estão destinados a equipamento militar e o restante será utilizado no reforça na cibersegurança e à melhoria de operações no campo de batalha.
O presidente da Ucrânia prometeu, no domingo, que assim que tivessem armas modernas as forças ucranianas iam lutar não só por Lisichansk - que foi este fim de semana tomada pelas tropas russas -, como também pela região separatista do Donbass.
"Termos protegido a vida dos nossos soldados e das nossas pessoas é igualmente importante. Vamos reconstruir as paredes, vamos reconquistar o território, e as pessoas devem ser protegidas acima de tudo", disse Volodymyr Zelensky referindo-se à retirada das tropas ucranianas, que, se não tivesse acontecido, teria consequências "fatais", de acordo com os responsáveis.
"Vamos regressar às nossas táticas, graças ao aumento de armamento moderno", notou durante o seu discurso diário
Recorde-se que, de acordo com o governador de Lugansk continuam cerca de 10 mil civis ucranianos na cidade.
Os serviços secretos do Reino Unido anunciaram, esta segunda-feira, que as tropas russas iriam "quase de certeza" focar-se na conquista da região leste de Donetsk.
No seu relatório diário os serviços do ministério da Defesa sublinham que Lisichansk, que foi tomada este fim de semana pelas tropas russas, era o último grande centro populacional na região de Lugansk.
"O objetivo da Rússia agora vai virar-se para a região de Donetsk, que, em grande parte, ainda se encontra sob controlo ucraniano", lê-se.
"O combate por Donbass tem sido excruciante e desgastante, e isso é pouco provável que mude nas próximas semanas", remataram os responsáveis.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 4 July 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) July 4, 2022
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🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/qH7DudnPCh
O governador de Lugansk disse, esta segunda-feira, que cerca de 10 mil civis continuam em Lisichansk, cidade na região de Donbass que está desde este fim de semana sob controlo das tropas russas.
"Mantemos a defesa de uma pequena parte da região de Lugansk para que as nossas tropas tenham tempo de construir defesas", afirmou Serhai Haidai.
Recorde-se que o ministério da Defesa da Rússia anunciou, no domingo, que controlava toda a região separatista. De acordo com a agência France Press, o presidente da Rússia foi informado de que tinha havido a "libertação da república popular de Lugansk".
O Supremo Tribunal de Israel eliminou, no domingo, as restrições à entrada de ucranianos no país, depois de o ministro do Interior ter limitado em março o número de refugiados da Ucrânia a entrar com um visto.
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido estará presente na Conferência sobre o Processo de Recuperação da Ucrânia, que decorrerá esta segunda-feira e terça-feira em Lugano, na Suíça.
No encontro que é visto como o oportunidade para delinear o próximo Plano Marshall, Liz Truss apresentará um plano a curto prazo - focado na ajuda humanitária -, mas também a longo prazo - com vista à reconstrução do país.
Damos início a um novo acompanhamento AO MINUTO da guerra na Ucrânia. Poderá recordar tudo o que aconteceu no domingo no link abaixo:
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