O homem de 39 anos, de nacionalidade belga e marroquina, detido há cinco anos e meio, estava a ser julgado por fornecer documentos falsos à célula jihadista responsável pelos ataques que mataram 130 pessoas em Paris e Saint-Denis, nos arredores da capital.
Kharkhach é o único dos 20 arguidos que o tribunal não classificou como terrorista: foi condenado por associação de malfeitores com vista a cometer uma fraude e a sua sentença foi a mais leve.
Farid Kharkhach foi libertado após o veredito, conhecido na quarta-feira, mas foi posto em detenção administrativa.
A advogada, Fanny Vial, lamentou que a decisão administrativa não tenha sido comunicada aos representantes do arguido, este tenha ficado da liberdade "mesmo antes de se poder juntar à mulher" e considerou a decisão uma "humilhação gratuita e injusta", uma "interferência da administração na justiça", mas as autoridades adiantaram ter sido emitida em fevereiro uma obrigação de Kharkhach deixar o país.
Dos 20 arguidos, 19 foram condenados por vários crimes relacionados com terrorismo.
Abdeslam, principal suspeito, foi condenado a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional, a sentença mais pesada em França.
Os atentados de 13 de novembro de 2015 em esplanadas de cafés e restaurantes, na sala de espetáculos Bataclan -- durante um concerto da banda norte-americana Eagles of Death Metal -- e junto ao estádio Stade de France -- onde jogava a seleção francesa de futebol com a alemã -- provocaram 130 mortos.
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