O porta-voz do governo, Steffen Hebestreit, afirmou durante uma conferência de imprensa, em Berlim, que o Executivo "lamenta" o bloqueio, decidido por um tribunal a pedido do Conselho Supremo de Rádio e Televisão da Turquía (RTUK) e que também envolve a emissora Voz da América (VoA).
O que se pode seguir depende da decisão da DW, como emissora independente, acrescentou o porta-voz, que apontou que este meio já disse que vai lutar contra o bloqueio por via judicial.
"Mantemos a nossa preocupação com a situação da liberdade de opinião e imprensa na Turquia", asseverou Hebestreit.
O porta-voz acrescentou que este assunto motivou conversações "críticas" com os interlocutores turcos do governo alemão e que a posição de Berlín é a defesa do "jornalismo independente e baseado em factos" na Turquia.
O regulador turco tinha solicitado à justiça o bloqueio da DW e da VoA com o argumento de que não dispunham de uma licença que a RTUK lhes tinha exigido em fevereiro deste ano, baseado em uma lei de imprensa de 2019.
A DW negou-se a pedir esta autorização, porque, justificou, o procedimento iria permitir ao governo turco censurar conteúdo editoriais.
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