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Ucrânia ganha "guerra pela 'borscht'". Sopa está "sob proteção" da UNESCO

Em abril, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia acusou a Ucrânia de “xenofobia, nazismo e extremismo” por não “querer partilhar com ninguém a receita” da sopa popular no leste da Europa.

Ucrânia ganha "guerra pela 'borscht'". Sopa está "sob proteção" da UNESCO

A Agência das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (UNESCO) incluiu, esta sexta-feira, a ‘borsht’ ucraniana - uma sopa feita à base de beterraba - na lista de património imaterial em risco. A iguaria já esteve no centro da guerra com a Rússia, com o Ministério da Defesa russo a acusar a Ucrânia de “xenofobia, nazismo e extremismo” por não querer partilhar a receita.

“A vitória na guerra pela borscht é nossa!”, começou por afirmar o ministro da Cultura da Ucrânia, Oleksandr Tkackenk, na rede social Telegram. “O borscht ucraniano foi adicionado à lista de património imaterial da UNESCO em necessidade de proteção imediata”, acrescentou.

Segundo o governante, a “batalha pela borscht começou antes da guerra”, mas, em abril, tomou outras proporções quando a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, acusou a Ucrânia de “xenofobia, nazismo e extremismo” por não “querer partilhar com ninguém a receita” da sopa popular no leste da Europa.

“Baniram todas as coisas que têm conexões com a etnicidade e com a cultura nacional. Até livros de culinária”, disse, na altura, Zakharova. “Não querem partilhar a borscht com ninguém. Ninguém”, acrescentando que se tratava de “xenofobia, nazismo e extremismo em todas as suas formas e feitios”.

Mas, frisa o ministro da Cultura ucraniano, “por muito mais que Zakharova diga que ‘os livros de culinária foram proibidos e a receita do prato mantida em segredo e proibida de cozinhar’” e que o prato ucraniano é uma “manifestação de extremismo e nazismo”, tal “manifestação” é “agora oficialmente ucraniana e oficialmente sob proteção da UNESCO”

“Vamos compartilhar a borscht e a sua receita com todos os países civilizados. E com os não civilizados também, para que tenham algo saboroso e ucraniano”, atirou. 

E deixou um aviso à Rússia: “Lembrem-se e tenham a certeza - venceremos tanto a batalha pela borscht como esta guerra”. 

Assinala-se, esta sexta-feira, o 128.º dia da guerra na Ucrânia, que já provocou, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a morte a  4.731 civis e deixou 5.900 feridos.

Leia Também: AO MINUTO: Ucrânia na UE? "Não deve demorar anos"; 343 crianças mortas

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