Comissão Europeia alerta Grécia para expulsão ilegal de migrantes
A Comissária Europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, apelou à Grécia para pôr fim às "expulsões violentas e ilegais" de migrantes, num ´tweet` hoje publicado, após reunir por videoconferência com três ministros gregos.
© JOHN THYS/AFP via Getty Images
Mundo Grécia
A reunião decorreu pouco depois da publicação, na terça-feira, de uma investigação do Lighthouse Reports e vários jornais europeus, com base nos testemunhos de seis migrantes, que afirmaram terem sido recrutados à força pela polícia grega para empurrar outros migrantes de volta à Turquia, em operações encobertas e violentas na fronteira de Evros.
A comissária sueca, Ylva Johansson, disse no Twitter que tinha conversado hoje com os ministros George Gerapetritis (ministro de Estado), Takis Theodorikakos (Protecção Civil) e Yannis Plakiotakis (Marinha Mercante e Política Insular) sobre gestão de fronteiras externas, migração e direitos fundamentais.
"Proteger a fronteira externa da União Europeia (EU) contra a entrada ilegal é uma obrigação", salientou, acrescentando que "as deportações violentas e ilegais de migrantes devem cessar imediatamente".
O "financiamento da UE" para a migração e gestão de fronteiras "está ligado à correta aplicação dos direitos fundamentais da UE", advertiu a comissária.
Segundo Ylva Johansson, "os ministros apresentaram uma nova proposta para incluir os direitos fundamentais no sistema de asilo grego", que estará em vigor a partir de 1 de setembro, informou.
As autoridades gregas negam com frequência as acusações de expulsão ilegal de migrantes, como indicam investigações dos meios de comunicação social e de organizações não-governamentais.
O ministro grego das Migrações, Notis Mitarachi, ouvido na segunda-feira numa comissão do Parlamento Europeu, defendeu a gestão das fronteiras por parte do seu governo, vincando que tal foi feito "no pleno respeito dos direitos fundamentais".
Na mesma ocasião, o governante acusou a Turquia de "encorajar ativamente a partida ilegal de migrantes", apesar do acordo alcançado com a UE em 2016.
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