A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, e a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, pediram esta quinta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, seja responsabilizado pelas agressões sexuais levadas a cabo por soldados russos na Ucrânia.
“Espanha espera que Putin seja presente aos tribunais penais internacionais e que estas agressões sexuais recebam o castigo que merecem”, afirmou a ministra espanhola, numa conferência de imprensa com Baerbock sobre o papel das mulheres na aliança transatlântica NATO.
Margarita Robles apelou ainda a um aumento de mulheres nos contingentes militares espanhóis em missões internacionais, de forma a que as mulheres mais “prejudicadas” nas guerras se sintam mais protegidas, revela a agência de notícias espanhola Efe.
Já a ministra alemã reiterou que “mais mulheres nas forças armadas tornam-nos mais seguros” e lembrou que, na guerra dos Balcãs, na década de 90, a violência sexual era utilizada como uma arma, apesar de não ter sido considerada um crime de guerra. “Agora estamos noutra fase. É um crime de guerra e Putin está a utilizá-lo”, defendeu.
Assinala-se, esta quinta-feira, o 127.º dia da guerra na Ucrânia, que já provocou, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a morte a 4.731 civis e deixou 5.900 feridos.
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