De acordo com a imprensa de Wellington, a inclusão das duas organizações pressupõe que qualquer cidadão que detenha propriedades ou vínculos financeiros com The Base e Proud Boys pode ser processado pelos tribunais da Nova Zelândia incorrendo numa pena de pelo menos sete anos prisão.
Uma notícia da Radio New Zealand diz que a medida está enquadrada na legislação contra o terrorismo do país.
Desta forma, qualquer pessoa ou instituição que suspeite que as duas organizações têm ativos na Nova Zelândia deve apresentar uma denúncia às forças policiais, de acordo com a medida aprovada pela primeira-ministra Jacinda Ardern.
A decisão por parte do governo de Ardern de incluir o grupo Proud Boys ocorre depois da Comissão do Senado norte-americano que investiga o assalto ao Capitólio, em Washington, no dia 06 de janeiro de 2021, ter concluído que membros da organização estiveram envolvidos no ataque ao parlamento.
O grupo The Base é apontado como instigador de "guerra racial", com o objetivo de desencadear o colapso da democracia norte-americana, de acordo com documentos oficiais.
The Base foi fundado em 2018 por um paramilitar e encontra-se ativo nos Estados Unidos e Canadá, contando com células na Europa, África do Sul e Austrália.
A Nova Zelândia redobrou a luta contra a extrema-direita após o atentado supremacista do australiano Brenton Tarrant a 15 de março de 2019, na cidade de Christchurch, que matou 51 pessoas.
O autor deste ataque foi condenado a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional, tendo sido a primeira pessoa a ser julgada por terrorismo na Nova Zelândia.
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