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Forças russas admitem retirada da ilha Zmiinyi

A informação foi também confirmada pelo Gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Forças russas admitem retirada da ilha Zmiinyi
Notícias ao Minuto

11:22 - 30/06/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

O Ministério da Defesa russo admitiu que as suas forças abandonaram a ilha Zmiinyi (ou ilha da Serpente, como é traduzido para inglês), no mar Negro, esta quinta-feira. A informação foi também confirmada pelo Gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Naquilo que apelidou de um "gesto de boa vontade", o organismo justificou que as tropas russas cumpriram as tarefas que lhes foram atribuídas.

Além disso, a seu ver, a retirada mostra que a Rússia não está a impedir os esforços da Organização das Nações Unidas (ONU) para organizar um corredor humanitário para a exportação de produtos agrícolas da Ucrânia.

“Esta decisão não permitirá que Kyiv especule quanto ao tema da crise de fome iminente, referindo-se à impossibilidade de exportar cereais devido ao total controlo russo do noroeste do mar Negro. Agora, a palavra está do lado da ucraniano, que ainda não limpou a costa do mar Negro”, aponta o Ministério, em comunicado citado pelo The Guardian.

“KABOOM! Não há mais tropas russas na ilha Zmiinyi. As nossas forças armadas fizeram um grande trabalho. Mais notícias de ‘kaboom’ virão. Tudo será da Ucrânia”, reforçou Andriy Yermak, chefe do Gabinete de Zelensky, na rede social Twitter.

“Navio de guerra russo, vai-te lixar” foi a famosa frase proferida por Roman Hrybov, o soldado que desafiou os militares russos, depois de estes ordenarem a rendição das tropas ucranianas na ilha Zmiinyi.

Os 13 soldados ucranianos de serviço no local foram, inicialmente, dados como mortos, e Zelensky chegou mesmo a afirmar que todos seriam condecorados postumamente. No entanto, veio a saber-se que estavam, afinal, em cativeiro.

Hrybov foi condecorado pelos serviços prestados com uma medalha de ouro, atribuída pelo Ministério da Defesa da Ucrânia.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 15 milhões de pessoas - mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Além disso, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A ONU confirmou ainda que mais de quatro mil civis morreram e mais de cinco mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

A invasão russa - justificada pelo presidente russo pela necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores.

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