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Mais um jornalista morto em onda de violência contra repórteres no México
Já morreram oito jornalistas este ano num dos países mais perigosos para os jornalistas.
© iStock
Mundo México
A violência contra jornalistas no México continua a aumentar, com mais um profissional a ser assassinado esta quarta-feira na cidade de Ciudad Victoria, a capital do estado de Tamaulipas, no noroeste do país.
Segundo a agência Reuters, Antonio de la Cruz, repórter do jornal local Expreso, foi morto a tiro na sua casa.
De la Cruz é, segundo a Reuters, o oitavo jornalista mexicano morto este ano, e a situação volta a recordar o perigo de vida cada vez maior para os jornalistas no México, um dos países mais inseguros do mundo para a atividade jornalística.
Através do Twitter, o porta-voz do presidente mexicano acrescentou que a filha do jornalista ficou ferida no ataque.
"Não podemos permitir mais ataques a jornalistas e ativistas. Estes crimes não ficarão impunes", disse Jesus Ramirez.
Segundo a Article 19, uma organização de proteção de direitos humanos e de jornalistas no mundo inteiro (e que aponta para onze mortes este ano, excluindo a de Antonio de la Cruz), a violência contra repórteres no México aumentou durante o mandato do presidente populista Andres Manuel Lopez Obrador.
As organizações acusam a liderança mexicana de desvalorizar a violência e os ataques à liberdade de imprensa no país. A verdade é que Lopez Obrador continua a criticar a atividade jornalística, que persegue os casos de corrupção ligados ao governo, e o presidente considera que os jornalistas "atacam" o governo, nomeadamente nas notícias sobre as mortes por Covid-19 desvalorizadas pelas autoridades de saúde - e enquanto a classe pede maior proteção, o líder do país mantém o seu tom acusatório.
Desde 2020 que já morreram mais de 100 jornalistas no México, refere ainda a Comissão de Direitos Humanos daquele país.
Quanto à morte de Antonio de la Cruz, a procuradoria do estado de Tamaulipas anunciou que iria abrir uma investigação ao assassinato, e que a polícia estava à procura dos homicidas.
Leia Também: Cem jornalistas mortos desde 2020 no México
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