NATO inicia processo formal de adesão da Finlândia e Suécia
A NATO iniciou hoje o processo formal para a adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança Atlântica, na cimeira que está a decorrer em Madrid.
© Lusa
Mundo NATO
"Decidimos hoje convidar a Finlândia e a Suécia para se tornarem membros da NATO e concordámos em assinar os protocolos de adesão", lê-se na Declaração da Cimeira de Madrid, um texto subscrito pelos 30 chefes de Estado e de Governo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).
O texto foi divulgado no final da primeira sessão de trabalho da cimeira, que reuniu os líderes dos países membros da aliança militar.
"A adesão da Finlândia e da Suécia vai aumentar a segurança dos dois países, fortalecer a NATO e tornar a região euro-atlântica mais segura", sublinham os líderes da Aliança Atlântica no mesmo comunicado.
"A segurança da Finlândia e da Suécia é de importância direta para a Aliança, incluindo durante o processo de adesão", acrescentam.
A Turquia retirou na terça-feira o veto à adesão da Suécia e da Finlândia à NATO, após semanas de negociações e no final de um encontro entre os Presidentes finlandês e turco e a primeira-ministra sueca.
Os três países assinaram um memorando que "responde às preocupações" de Ancara, segundo anunciou o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg.
Ancara acusa a Suécia de albergar militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização que a Turquia considera terrorista.
A Turquia exigiu também o levantamento dos bloqueios de Estocolmo e Helsínquia à exportação de armas, após a intervenção militar de Ancara no norte da Síria em outubro de 2019, o endurecimento da legislação antiterrorista sueca e a extradição de várias pessoas que descreve como terroristas.
Segundo um comunicado da Presidência turca, na terça-feira, Erdogan obteve a "plena cooperação" da Finlândia e da Suécia contra os combatentes curdos do PKK e aliados e concordou com a entrada na NATO dos dois países nórdicos.
Já o Presidente da Finlândia, também num comunicado, disse que o memorando "sublinha o compromisso da Finlândia, da Suécia e da Turquia em alargar o seu total apoio contra ameaças à segurança uns dos outros."
"Tornarmo-nos Aliados da NATO irá reforçar ainda mais este compromisso", refere o chefe de Estado finlandês, que sublinha que Helsínquia tem levado em consideração, de forma permanente e séria, as preocupações turcas "sobre a ameaça terrorista" e "condena o terrorismo em todas as suas formas e manifestações".
A primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, por seu turno, considerou "um bom acordo" o memorando que desbloqueou o veto turco e disse ser "difícil saber o que convenceu" a Turquia.
Segundo Magdalena Andersson, numa reunião "muito longa" em Madrid, a Suécia e a Finlândia apresentaram as reformas que fizeram nas respetivas legislações antiterrorismo nos últimos anos.
"Falámos também sobre qual vai ser o contributo da Suécia para a NATO. Foi também por isso que houve entusiasmo por parte dos países da Aliança com a nossa entrada [na Aliança Atlântica]. A Suécia e a Finlândia vão contribuir para a segurança da NATO", afirmou.
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