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Reforço das forças de reação rápida da NATO "prontas até ao próximo ano"

As forças de reação rápida da NATO, que irão aumentar dos atuais 40 mil para 300 mil, estarão "prontas até ao próximo ano" e serão atribuídas a países do leste da Europa, anunciou hoje o secretário-geral da Aliança.

Reforço das forças de reação rápida da NATO "prontas até ao próximo ano"
Notícias ao Minuto

07:56 - 29/06/22 por Lusa

Mundo Jens Stoltenberg

"No que se refere às forças de reação rápida, acho que estarão prontas até ao próximo ano. Iremos tomar a decisão agora, e depois vamos começar a implementação, e depois vão estar disponíveis e prontas no próximo ano, esse é que é o plano", afirmou Jens Stoltenberg.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) falava aos jornalistas à entrada para o Parque de Exposições de Madrid, no nordeste da capital espanhola, onde decorre a cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Aliança Atlântica.

Jens Stoltenberg afirmou que as forças em questão vão ser "pagas e organizadas pelos diferentes Aliados NATO, ficarão baseadas nos seus países de origem mas vão ser atribuídas previamente a países e territórios específicos, para serem responsáveis pela proteção desses territórios".

O secretário-geral da Aliança exemplificou com o caso alemão, que destacou uma "força específica para a proteção da Lituânia", e afirmou que o leste da Europa será o principal terreno para o qual as forças de reação rápida serão atribuídas.

"Irão treinar aí, irão aprender a operar em conjunto com as forças de defesa desses países e também iremos preposicionar equipamento, [como] equipamento pesado, reservas de combustível e muitas outras coisas de que irão precisar para poderem operar naquele território específico", sublinhou.

Segundo Jens Stoltenberg, o posicionamento de equipamento nos territórios em questão, assim como o aumento das forças de reação rápida e "dos grupos de combate" de que a Aliança já dispõe são o "elemento mais importante" da estratégia terrestre da Aliança para "fortalecer a dissuasão e defesa" no "novo ambiente de segurança".

O secretário-geral da NATO reiterou que a cimeira de Madrid, marcada pela guerra na Ucrânia, na sequência da invasão russa de 24 de fevereiro, vai ser "histórica e transformadora" para a aliança militar de países da Europa e da América do Norte.

"Reunimo-nos no meio da mais grave crise de segurança que temos desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou, congratulando-se por os países aliados na NATO estarem a mostrar "unidade e força" na resposta.

Jens Stoltenbreg lembrou que a NATO vai em Madrid adotar um novo Conceito Estratégico, que define as orientações da Aliança para a próxima década, e vai refletir o contexto atual, "um mundo mais perigoso e competitivo", muito diferente de 2010, quando foi aprovado o documento anterior.

O Conceito Estratégico aprovado em 2010 foi adotado na cimeira de Lisboa definiu uma aproximação à Rússia, que foi então considerada um parceiro estratégico da Aliança Atlântica.

O Presidente russo de então, Dmitri Medvedev, esteve mesmo em Lisboa, para participar na cimeira da NATO de 2010.

Já o Conceito Estratégico que será aprovado em Madrid deve definir a Rússia como a maior e mais direta ameaça aos países da NATO, como tem dito Stoltenberg nos últimos dias.

A cimeira de Madrid arranca hoje oficialmente, mas na terça-feira, em reuniões paralelas e prévias, foi já alcançado o primeiro acordo que vai marcar o encontro e com o qual a Turquia retirou o seu veto à adesão da Finlândia e da Suécia à NATO.

Leia Também: "A Finlândia e a Suécia tornarão a NATO mais forte", diz Stoltenberg

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