África Ocidental e Central tornou-se região de elevado consumo de drogas

O Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) alertou hoje que a África Ocidental e Central se tornaram regiões de elevado consumo de drogas, deixando ser serem classificadas como uma mera área de trânsito.

Polícia Judiciária apreende 825 quilos de cocaína dissimulada em caixas de bananas

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Lusa
27/06/2022 15:46 ‧ 27/06/2022 por Lusa

Mundo

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No lançamento do seu Relatório Mundial sobre Drogas, em Abidjan, o UNODC afirmou que, nesta região, "9,7% da população com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos usou cannabis em 2020 e 2,4% usou opiáceos farmacêuticos para fins não médicos".

Isto é superior às "estimativas globais" de 3,8% e 1,2% respetivamente, de acordo com o UNODC.

O gabinete da ONU salienta que "o consumo de drogas em África afeta principalmente os jovens com menos de 35 anos" e que "93% dos que são tratados por doenças relacionadas com o consumo de drogas em África são homens", cuja "idade média é de cerca de 30 anos".

O UNODC salienta ainda que "o colapso do Estado de direito gerado pelo conflito e tensões políticas proporciona um ambiente propício à produção e tráfico de droga, gerando rendimentos para grupos armados que, por sua vez, alimentam o conflito".

"Por exemplo, grupos armados no Sahel traficam resina de cannabis, produzida principalmente no norte de África para mercados de consumo na Europa e no Médio Oriente. Por vezes, este tráfico leva a confrontos mortais entre grupos armados na região", observa.

O relatório estima que "enquanto 90% da cocaína apreendida em todo o mundo segue rotas marítimas, as apreensões significativas no Níger (214 kg), Burkina Faso (115 kg) e Mali (33,9 kg), desde 2021, demonstram que a rota do Sahel continua a ser uma área de trânsito relativamente importante.

"As detenções na África Ocidental, combinadas com apreensões recorde da droga na região sugerem também que o tráfico fora da zona de conflito do Sahel pode estar a financiar grupos armados que aí operam. Vários indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em apreensões de cocaína em países costeiros da África Ocidental, incluindo Guiné-Bissau, Gâmbia e Costa do Marfim, por exemplo, possuíam passaportes de países sahelianos", acrescenta.

O UNODC diz que "entre 2019 e 2022 (...) pelo menos 57 toneladas de cocaína foram apreendidas em ou a caminho da África Ocidental, principalmente em Cabo Verde (16,6 toneladas), Senegal (4,7 toneladas), Benin (3,9 toneladas), Costa do Marfim (3,5 toneladas), Gâmbia (3 toneladas) e Guiné-Bissau (2,7 toneladas).

Leia Também: Novos confrontos em região entre o Sudão e o Sudão do Sul fazem 20 mortos

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