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Ilhas do Pacífico condenam despejo de resíduos nucleares e pedem acordo

As ilhas do Pacífico pediram hoje em Lisboa, na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que avancem as negociações do tratado global sobre plásticos e condenaram os despejos de resíduos nucleares nos oceanos.

Ilhas do Pacífico condenam despejo de resíduos nucleares e pedem acordo
Notícias ao Minuto

14:23 - 27/06/22 por Lusa

Mundo Oceanos

Em nome dos 16 Estados que integram o Fórum das Ilhas do Pacífico, Josaya Wiliame Katonivere, primeiro-ministro das Fiji, veio à capital portuguesa, onde começou hoje a conferência internacional de cinco dias, dizer que a vida que sustenta os povos desta zona geográfica e que estes defendem "está a morrer".

"Quinhentos anos depois de Fernão de Magalhães nos ter denominado de povos do Pacífico, vimos aqui dizer que estamos a lutar pela nossa sobrevivência", declarou o chefe de Governo.

O primeiro-ministro das Fiji disse que confia na negociação do tratado global sobre plásticos e que os povos que representa "condenam vivamente qualquer ação de despejo de resíduos nucleares nos oceanos", ações das quais já sentiram efeitos.

Alertou para o declínio na vida marinha, devido ao aquecimento das águas dos oceanos, e lembrou a importância que isso tem para os povos de uma região que, por exemplo, abastece metade do atum consumido a nível mundial.

O Fórum das Ilhas do Pacífico inclui, além das Fiji, a Austrália, Nova Zelândia, Ilhas Cook, Micronésia, Kiribati, Nauru, Niue, Palau, Papua Nova Guiné, Ilhas Marshall, Samoa, Ilhas Salomão, Tonga, Tuvalu e Vanuatu.

Mais de 7.000 pessoas, entre elas representantes de 140 países, incluindo mais de 20 chefes de Estado e de Governo, participam a partir de hoje em Lisboa na segunda Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, o maior evento de sempre dedicado ao tema.

Juntamente com milhares de jovens, líderes de empresas, cientistas e representantes da sociedade civil, propõem-se a apresentar soluções para enfrentar eficazmente os desafios que os oceanos enfrentam.

Além das sessões plenárias, haverá oito Diálogos Interativos que vão abordar a poluição marinha, como minimizar a acidificação, desoxigenação e aquecimento dos oceanos e como promover o fortalecimento sustentável de economias a eles ligadas.

Leia Também: Olhos dos povos do Pacífico postos num pavilhão que já foi Atlântico

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