Parlamento somali aprova nomeação de Barre para primeiro-ministro
O parlamento somali aprovou, hoje, por unanimidade que o deputado Hamza Abdi Barre seja nomeado o novo primeiro-ministro do país, substituindo Mohamed Hussein Roble, no cargo desde 2020.
© Getty
Mundo Somália
Os 220 deputados presentes hoje de manhã no parlamento votaram a favor da nomeação de Barre, de acordo com a comunicação social local.
O Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, - o vencedor das eleições do passado 15 de maio - propôs Barre em 15 de junho último para assumir o cargo de primeiro-ministro, após vários dias de reuniões e muitos rumores na comunicação social.
Hussein Barre, 48 anos, estudou administração de empresas na Universidade Islâmica Internacional da Malásia e na Universidade de Ciência e Tecnologia do Iémen.
A sua carreira política começou em 2011, quando se tornou secretário-geral do partido político que Mohamud lidera atualmente, a União para a Paz e o Desenvolvimento (UDP), conhecido então como Partido para a Paz e o Desenvolvimento.
Barre ocupou o cargo até 2017 e, entre 2018 e 2020, o de presidente da Comissão Eleitoral Estadual de Jubaland (sul). Foi também conselheiro chefe do Ministério de Assuntos Constitucionais do Governo Federal (2015-2019) e conselheiro do presidente da Câmara de Mogadíscio (2014-2015).
Mohamud venceu as eleições presidenciais em 15 de maio, que ocorreram após vários atrasos desde o ano passado devido a disputas políticas, discrepâncias entre clãs e acusações de irregularidades.
O Presidente Sheikh Mohamud, que já tinha governado a Somália de 2012 a 2017, tornou-se o primeiro ex-presidente a ser reeleito.
Mohamud iniciou um novo mandato de quatro anos marcado por grandes desafios, nomeadamente enfrentar o terrorismo do grupo jihadista Al Shabab, que controla áreas do centro e sul do país, e a pior seca dos últimos quarenta anos, com 7,7 milhões de pessoas famintas.
A Somália vive um estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um Governo funcional e nas mãos de milícias e senhores da guerra islâmicos, noticia a agência espanhola Efe.
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