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Mais de 30 mil deslocados após atentado no norte do Burkina Faso

Mais de 30 mil pessoas estão deslocadas devido ao ataque terrorista da noite de 11 para 12 de junho no norte do Burkina Faso, em que morreram 86 pessoas, segundo os mais recentes números das autoridades do país.

Mais de 30 mil deslocados após atentado no norte do Burkina Faso
Notícias ao Minuto

15:40 - 24/06/22 por Lusa

Mundo Burkina Faso

Segundo o Conselho Nacional de Emergências e Reabilitação do Governo do Burkina Faso, o número de deslocados é de 30.211, mais de 64% dos quais são crianças, entre as quais cerca de 35% têm menos de 5 anos.

Mais de 73% dos deslocados são da localidade atacada, Seytenga, situada 40 quilómetros de Dori (a capital da região do Sahel) e a cerca de 10 quilómetros da fronteira com o Níger, embora os afetados sejam provenientes de um total de 27 localidades da zona.

Em 17 de junho, quando o número de deslocados era de cerca de 16.000, o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Matthew Saltmarsh, alertou que se esperava que chegassem mais nos dias seguintes.

"A crise de deslocados no Burkina Faso é uma das que mais depressa crescem no mundo, com um número de deslocados internos que alcançou os 1,9 milhões no final de abril, segundo dados do Governo", disse Saltmarsh.

Segundo um relatório publicado na semana passada pela Coligação Cidadã pelo Sahel, um coletivo de 49 organizações da sociedade civil da região e da África Ocidental que conta com o apoio de organizações não-governamentais internacionais, em média oito civis morrem por dia em atentados no Burkina Faso, no Mali e no Níger.

Na noite de 11 para 12 de junho, vários indivíduos armados atacaram a cidade de Seytenga (norte, perto do Níger), disparando indiscriminadamente contra a população civil.

De acordo com um relatório oficial, 86 pessoas foram mortas no ataque, embora a oposição fale em 150 vítimas mortais, citando fontes locais.

Este foi o segundo ataque mais mortal registado até agora no Burkina Faso, país que, desde 2015, tem sido frequentemente atingido por ataques de grupos terroristas afiliados na Al-Qaida ou na organização extremista Estado Islâmico.

Após o atentado, o Governo declarou um luto nacional de 72 horas e o Presidente do Burkina Faso, Paul-Henri Sandaogo Damiba, que lidera o país desde o golpe de Estado de janeiro, prometeu represálias contra os atacantes.

No final de janeiro, num golpe de Estado, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba derrubou o Presidente eleito do Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, acusado de não ter conseguido conter a violência 'jihadista', e fez da restauração da segurança a sua "prioridade".

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