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Ucrânia e crise alimentar e energética no topo da agenda da cimeira do G7

Os líderes dos sete países mais desenvolvidos (G7) discutirão o apoio à Ucrânia, as alterações climáticas e as crises alimentar e energética, agravadas pela agressão militar russa em território ucraniano, numa cimeira que começa domingo na Alemanha.

Ucrânia e crise alimentar e energética no topo da agenda da cimeira do G7
Notícias ao Minuto

09:10 - 24/06/22 por Lusa

Mundo G7

Os chefes de Estado e de Governo dos Estados Unidos, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Alemanha, que tem a presidência rotativa este ano do G7, vão ocupar-se destes temas e de como prosseguir nas sanções à Rússia durante o encontro de três dias, até terça-feira, no castelo e complexo hoteleiro de Elmau, nos Alpes Bávaros, como adiantou uma fonte alemã esta segunda-feira.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que o G7 deixará claro nesta cimeira que a Ucrânia pode contar com o apoio de que necessita "durante o tempo que for necessário" e que o grupo quer "garantir que os cálculos do Presidente russo (Vladimir Putin) não resultem".

Numa entrevista à agência noticiosa alemã DPA publicada no sábado passado, Scholz disse que quer usar o encontro para discutir as perspetivas de longo prazo da Ucrânia, que foi convidada e aceitou participar na reunião.

Não foi ainda esclarecido se o Presidente ucraniano vai participar presencialmente ou por videoconferência na cimeira do G7.

Se estiver presente em Elmau, esta será a primeira vez que Volodymyr Zelensky sai do território ucraniano desde o início da invasão russa, no final de fevereiro.

Scholz pretende também promover em Elmau o chamado "climate club", e por isso além das potências do G7 convidou os líderes da Argentina, Índia, Indonésia, África do Sul e Senegal para participarem no encontro.

"São economias cada vez mais relevantes em questões como matérias-primas e energia, sem as quais não resolveremos nenhum dos grandes problemas globais, como a luta contra a crise climática", disse o chanceler alemão.

Numa medida para colmatar o conflito recorrente entre nações ricas e pobres nas conversações internacionais sobre o clima, o G7 reconheceu pela primeira vez, numa reunião no final de maio, a necessidade de conceder aos países em desenvolvimento ajuda financeira adicional para fazerem face às perdas e aos danos causados pelo aquecimento global.

Os Estados do G7, num comunicado após uma reunião dos ministros do Clima e da Energia, também traçaram metas graduais para acabar com o uso do carvão para produzir eletricidade e o financiamento de projetos de combustíveis fósseis sem técnicas de captura de carbono, graças a uma reviravolta do Japão, o último país do grupo que se recusava a comprometer-se.

Os acordos, amplamente saudados pelos ativistas do clima, serão apresentados aos líderes nesta cimeira e o reconhecimento da necessária ajuda aos países pobres surge quando estes enfrentam uma situação agravada pela falta de cereais e outros alimentos devido à guerra na Ucrânia.

Como é habitual, o Grupo Business7 (B7), a plataforma do G7 para o diálogo com a comunidade empresarial internacional, apresentou, na segunda-feira, as suas recomendações ao chanceler Olaf Scholz sobre os desafios que identifica e como podem ser dominados do ponto de vista da economia.

As questões prementes, considera o B7, incluem o controlo da pandemia, as alterações climáticas, a política comercial e de investimento, a digitalização, o emprego e também as iniciativas globais em matéria de infraestruturas.

Este último tema será também levado à cimeira pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que pretende lançar uma iniciativa global de infraestruturas para contrariar as ambições internacionais da China, nomeadamente no Indo-Pacífico.

O anúncio está marcado para a cimeira, adiantou o conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, Jake Sullivan, detalhando que a iniciativa lançada pelos Estados Unidos e com parceria dos outros membros do G7 abrangerá infraestruturas globais, saúde e infraestruturas digitais e será "uma alternativa ao que os chineses estão a oferecer", com centenas milhares de milhões de dólares em investimentos.

Para reforçar a segurança antes e durante a cimeira do G7, a Alemanha introduziu controlos fronteiriços com todos os países vizinhos, desde 13 de junho e até 03 de julho, e proibiu manifestações de protesto nas imediações do castelo e complexo hoteleiro de Elmau.

O local será praticamente isolado pelas forças policiais, enquanto os meios de comunicação e delegações estarão concentrados principalmente em Garmisch-Partenkirchen, a cerca de 25 quilómetros de onde decorrerão as reuniões dos líderes nesta cimeira.

É em Garmisch-Partenkirchen também que a plataforma de organizações de esquerda e ambientais planeou um "acampamento de protesto" de hoje até 27 de junho.

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