Líbano. Najib Mikati de novo designado para formar governo
O primeiro-ministro libanês Najib Mikati foi hoje designado para formar um novo governo, mais de um mês após as legislativas que implicaram um Parlamento sem maioria.
© REUTERS/Mohamed Azakir
Mundo Líbano
Na sequência de consultas parlamentares o milionário, de 66 anos, obteve o maior número de votos (54), em particular do grupo do Hezbollah, poderosa força política do país.
O seu principal rival, o antigo embaixador na ONU Nawaf Salam, garantiu apenas 25 votos.
Mikati, que já foi primeiro-ministro em três ocasiões (2002, 2011 e 2021), foi assim designado pelo Presidente Michel Aoun para a formação de um novo Governo.
Os contactos deverão prolongar-se por várias semanas, devido às divergências entre as diferentes forças políticas, apesar da urgência económica e social num país que enfrenta uma crise económica sem precedentes, indicam observadores citados pela agência noticiosa AFP.
O governo cessante de Najib Mikati foi formado em setembro de 2021, após um vazio institucional de 13 meses.
Uma vez formado, o governo terá por missão adotar reformas destinadas a contrariar a profunda crise financeira que remeteu para a pobreza uma grande parte da população.
Em abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou um acordo de princípio com Beirute para um plano de ajuda de três mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros) para tentar retirar o Líbano de uma das piores crises económicas da sua história.
A crise, motivada por décadas de má gestão e de corrupção de uma classe dirigente que pouco se alterou desde há dezenas de anos, foi exacerbada pela pandemia e ainda pela guerra na Ucrânia.
O FMI exige um forte compromisso de Beirute para a aplicação de dolorosas reformas e dirigidas à reestruturação do setor financeiro e ao combate à corrupção.
Em comunicado, Mikati sublinhou a necessidade de "cooperar com o Parlamento para aprovar os projetos de reforma exigidos antes das negociações destinadas a obter um acordo final com o FMI e iniciar um completo processo de renovação".
"Sem acordo com o FMI, não haverá possibilidade de salvação", insistiu Mikati.
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