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Líbano. Najib Mikati de novo designado para formar governo

O primeiro-ministro libanês Najib Mikati foi hoje designado para formar um novo governo, mais de um mês após as legislativas que implicaram um Parlamento sem maioria.

Líbano. Najib Mikati de novo designado para formar governo
Notícias ao Minuto

19:14 - 23/06/22 por Lusa

Mundo Líbano

Na sequência de consultas parlamentares o milionário, de 66 anos, obteve o maior número de votos (54), em particular do grupo do Hezbollah, poderosa força política do país.

O seu principal rival, o antigo embaixador na ONU Nawaf Salam, garantiu apenas 25 votos.

Mikati, que já foi primeiro-ministro em três ocasiões (2002, 2011 e 2021), foi assim designado pelo Presidente Michel Aoun para a formação de um novo Governo.

Os contactos deverão prolongar-se por várias semanas, devido às divergências entre as diferentes forças políticas, apesar da urgência económica e social num país que enfrenta uma crise económica sem precedentes, indicam observadores citados pela agência noticiosa AFP.

O governo cessante de Najib Mikati foi formado em setembro de 2021, após um vazio institucional de 13 meses.

Uma vez formado, o governo terá por missão adotar reformas destinadas a contrariar a profunda crise financeira que remeteu para a pobreza uma grande parte da população.

Em abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou um acordo de princípio com Beirute para um plano de ajuda de três mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros) para tentar retirar o Líbano de uma das piores crises económicas da sua história.

A crise, motivada por décadas de má gestão e de corrupção de uma classe dirigente que pouco se alterou desde há dezenas de anos, foi exacerbada pela pandemia e ainda pela guerra na Ucrânia.

O FMI exige um forte compromisso de Beirute para a aplicação de dolorosas reformas e dirigidas à reestruturação do setor financeiro e ao combate à corrupção.

Em comunicado, Mikati sublinhou a necessidade de "cooperar com o Parlamento para aprovar os projetos de reforma exigidos antes das negociações destinadas a obter um acordo final com o FMI e iniciar um completo processo de renovação".

"Sem acordo com o FMI, não haverá possibilidade de salvação", insistiu Mikati.

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