Procurar

Nigéria denuncia alegada motivação política nos ataques a igrejas

O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, denunciou na quarta-feira à noite a recente onda de ataques "politicamente motivados" a igrejas que provocaram dezenas de mortos no país mais populoso da África.

Nigéria denuncia alegada motivação política nos ataques a igrejas

© Reuters

Lusa
23/06/2022 14:47 ‧ há 3 anos por Lusa

No início de junho, homens armados com explosivos massacraram 40 paroquianos numa igreja em Owo, no sudoeste, uma ocorrência rara numa região geralmente poupada da violência e que chocou a Nigéria.

O mais recente episódio do género ocorreu desta vez no noroeste, no passado fim de semana, quando 36 pessoas foram levadas à força das suas aldeias e duas igrejas no estado de Kaduna foram atacadas, com três mortos, disseram as autoridades.

"É óbvio que gente sem escrúpulos procura mergulhar o país na tensão religiosa", disse o Presidente Buhari num comunicado.

Os ataques mais recentes não foram reivindicados, mas para o chefe de Estado, foram orquestrados para fins "políticos" por "inimigos" que desejam destruir a unidade do país.

"Não o vamos permitir. A nação não será perturbada e dividida por esses atos criminosos obviamente planeados e politicamente motivados", enfatizou.

Buhari termina o seu mandato presidencial em 2023 e a segurança deverá ser uma questão central nas eleições presidenciais marcadas para fevereiro de 2023.

Sob ataque de críticos, principalmente pela sua incapacidade de acabar com a insegurança quase generalizada no país, Buhari prometeu encontrar os culpados e responsabilizá-los judicialmente.

"Os autores (desses ataques) são homens armados cobardes, fracos e maus que matam mulheres e crianças indefesas a sangue frio nos seus locais de culto", acrescentou.

O Governo disse suspeitar que o grupo extremista Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap, na sigla em inglês) esteja por trás do massacre da igreja de Owo.

O Iswap opera no nordeste, a mais de mil quilómetros do sudoeste, onde uma insurgência fundamentalista islâmica está em curso há 13 anos, com um saldo de 40.000 mortos e 2,2 milhões de deslocados.

A Nigéria também enfrenta outros desafios de segurança, incluindo sequestros em massa de crianças em idade escolar, confrontos entre agricultores e pastores e distúrbios separatistas que desgastam as forças de segurança.

Leia Também: Tentaram levar criança para o Reino Unido para lhe retirar órgãos

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10