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Ucrânia. Batalha por Lysychansk e Severodonetsk "entrou no seu clímax"

"Esta fase [da batalha] parece aterradora do ponto vista militar", considerou Oleksiy Arestovych, conselheiro de Zelensky.

Ucrânia. Batalha por Lysychansk e Severodonetsk "entrou no seu clímax"
Notícias ao Minuto

12:05 - 23/06/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Oleksiy Arestovych, conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta quinta-feira, que “a luta por Lysychansk e Severodonetsk”, na região separatista de Lugansk, “entrou no seu clímax”.

Em declarações à televisão estatal ucraniana e citado pela CNN International, o responsável frisou que “esta fase [da batalha] parece aterradora do ponto vista militar”. “Qualquer lado que envie dois batalhões de artilharia para lá ganha este combate. Vamos ver quem manda. Quem os tem [batalhões], só o comando militar de ambos os lados sabe”, acrescentou.

Esta quinta-feira, o Ministério de Defesa da Rússia revelou que, nos últimos dois dias, as tropas ucranianas perderam “mais de 150 militares” em Lugansk, sendo que outros 450 ficaram feridos. 

Segundo uma publicação na rede social Telegram, “mais de 170 soldados foram retirados da zona de combate com ferimentos graves” em Donetsk. 

No total, na Ucrânia, “como resultado de ataques aéreos, mísseis e artilharia, mais de 650 nacionalistas, 17 tanques e outros veículos de combate blindados, três veículos de combate com sistema de ‘rockets’, bem como 17 veículos especiais, foram destruídos num dia”, segundo a Rússia.

As milícias pró-russas "assumiram o controlo da única estrada que liga as cidades de Lysychansk e Siversk", que distam cerca de 20 quilómetros.

Uma fonte pró-russa citada pela agência noticiosa oficial russa TASS disse que a estrada em causa era a única utilizada pelas forças armadas ucranianas para transportar mantimentos e tropas para Lysychansk.

O governador ucraniano de Lugansk, Serguei Gaidai, reconheceu hoje na rede social Telegram que a estrada está intransitável, mas disse que há rotas alternativas.

"Todos os dias transportamos cargas humanitárias e temos a possibilidade de retirar as pessoas por uma rota alternativa", disse o governador.

Lysychansk está separada de Severodonetsk, praticamente sob controlo russo, pelo rio Donets, o que tem impedido o avanço das tropas russas.

Devido a essa dificuldade, o exército russo redobrou a sua ofensiva a partir do sul, na margem direita do rio, e está em alguns setores apenas a 10 quilómetros de Lysychansk, segundo as autoridades ucranianas.

Os russos "estão a intensificar as ofensivas para cercar as nossas tropas", disse Gaidai, citado pela agência francesa AFP.

Gaidai admitiu que as forças inimigas conquistaram Loskutivka e Rai-Oleksandrivka, duas localidades localizadas a poucos quilómetros de Lysychansk, e atacaram Syrotyne, às portas de Severodonetsk.

Um representante dos separatistas pró-russos disse à AFP que a resistência ucraniana em Lysychansk e Severodonetsk é fútil.

"Ao ritmo a que os nossos soldados vão, muito em breve todo o território da República Popular de Lugansk será libertado", disse o tenente-coronel Andrei Marochko, contactado por videochamada.

O exército russo continua também a bombardear a região de Mykolaiv (sul), onde anunciou hoje a destruição de 49 tanques de combustível e três centros de reparação de blindados.

Na quarta-feira, dois terminais de armazenamento de cereais foram atingidos por bombardeamentos russos na mesma região, de acordo com os seus operadores.

As informações sobre a guerra na Ucrânia divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fonte independente.

Assinala-se, esta quinta-feira, o 120.º dia da guerra na Ucrânia, que já provocou, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a morte a 4.481 civis e deixou 5.565 feridos.

[Notícia atualizada às 15h33]

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