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Austrália vai envolver-se diplomaticamente no caso Assange

O primeiro-ministro australiano disse na segunda-feira que pretende envolver-se "diplomaticamente" no processo desencadeado pelos EUA com vista a obterem a extradição do fundador da Wikileaks, Julian Assange, que procura evitar ser extraditado.

Austrália vai envolver-se diplomaticamente no caso Assange
Notícias ao Minuto

06:25 - 21/06/22 por Lusa

Mundo Austrália

Com cada vez mais vozes na Austrália a exigirem que o primeiro-ministro atue no caso de Assange, um australiano com 50 anos, Anthony Albanese confirmou as afirmações que tinha feito no ano passado, quando estava na oposição.

Na altura tinha dito que "o que é demais é demais" e que "não via qual era o interesse de processar Assange".

Na segunda-feira, disse ter "a intenção de dirigir um governo que se envolva diplomaticamente e de maneira oportuna com os seus interlocutores".

Stella Assange, esposa de Julian, afirmou hoje à radio ABC que tinha entendido que o governo de Albanese evocou o caso do seu marido com o governo do presidente norte-americano Joe Biden.

"É uma notícia extremamente agradável", disse, acrescentando que não via Julian desde que um tribunal britânico tinha aberto, na semana passada, a via para a sua extradição do Reino Unido para os EUA.

Em 18 de junho, o governo britânico anunciou que tinha sido assinado o decreto de extradição para os EUA do fundador da WikiLeaks, o qual deve recorrer da decisão.

Assange é acusado nos EUA, onde arrisca uma sentença de 175 anos de prisão, por ter publicado em 2010, no sítio da Wikileaks na internet, 250 mil mensagens diplomáticas e cerca de meio milhão de documentos confidenciais sobre as atividades militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

Assange está detido desde há três anos na prisão de alta segurança de Belmarsh, perto de Londres.

Antes, tinha passado sete anos na embaixada do Equador em Londres, onde se tinha refugiado em 2012, quando estava em liberdade sob caução.

Então, receava ser extraditado para os EUA ou a Suécia, onde era alvo de investigação por violação, entretanto encerrada.

Em abril de 2019, a polícia britânica deteve-o.

A eventual extradição de Assange para os EUA levou personalidades australianas, como o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Bob Carr, a apelar a Albanese que solicitasse aos EUA o fim do processo.

"Se Albanese o solicitar, creio que os EUA aceitarão", escreveu hoje Carr, em artigo de opinião publicado no Sydney Morning Herald.

Leia Também: Lula critica extradição de Julian Assange para os Estados Unidos

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