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Missão da CEDEAO na Guiné-Bissau não substitui forças de defesa

O comandante da Missão de Estabilização e Segurança da Guiné-Bissau da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, brigadeiro-general Alhassan Cirema, disse hoje que a força não substitui os militares e polícias do país, mas que os complementa.

Missão da CEDEAO na Guiné-Bissau não substitui forças de defesa
Notícias ao Minuto

19:57 - 20/06/22 por Lusa

Mundo Guiné-Bissau

"Durante as nossas visitas a nossa mensagem foi constante e clara: Não estamos aqui para substituir as forças de defesa e segurança da Guiné-Bissau, estamos aqui para as complementar", afirmou Alhassan Cirema.

O brigadeiro-general nigeriano que chefia a missão falava na cerimónia oficial de instalação da força no país, que contou com a presença do chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general Biagué Na N'Tan, dos ministros da Defesa, Marciano Barbeiro, e do Interior, Botche Candé, e de outras chefias militares guineenses e dos embaixadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no país.

No seu discurso, o comandante da Missão de Estabilização e Segurança da Guiné-Bissau (MSSGB) esclareceu que estão no país na sequência de um pedido feito pelo Governo guineense.

A missão chegou ao país em 14 de abril e é composta por 631 militares e polícias da Nigéria, Senegal, Gana e de Costa do Marfim, tendo o comando da força a presença de elementos de todos os países-membros da CEDEAO.

"O mandato desta missão envolve apoiar as forças de defesa e segurança na estabilização da Guiné-Bissau, apoiar os esforços das forças de defesa e segurança na proteção do Presidente, autoridades específicas e do povo da Guiné-Bissau e a proteção de civis, segundo o direito internacional humanitário", sublinhou o brigadeiro-general.

O comandante da MSSGB esclareceu que até ao momento estão destacadas forças na Presidência da Guiné-Bissau, no Palácio do Governo e nos Ministérios da Defesa e do Interior.

Uma missão médica militar da Costa do Marfim está instalada no Hospital Nacional Simão Mendes em Bissau para "atender às necessidades dos guineenses", disse.

"Pedimos a todas as partes interessadas para demonstrarem boa vontade na estabilização para conseguirmos alcançar paz e segurança no interesse da Guiné-Bissau e do seu povo. A nossa prioridade é promover a paz e segurança no país e pretendemos fazê-lo com neutralidade e imparcialidade", afirmou o brigadeiro-general, pedindo o apoio de todos para a implementação do mandato.

O ministro da Defesa guineense, Marciano Barbeiro, agradeceu aos chefes de Estado da CEDEAO pela "prontidão, disponibilidade e forte espírito de solidariedade que tiveram com a Guiné-Bissau".

"Quero deixar aqui a minha garantia, convicção e disponibilidade pessoal de dar tudo ao meu alcance para que esta missão seja coroada de sucesso e êxito", salientou.

Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO decidiram enviar uma missão militar de estabilização para a Guiné-Bissau, em fevereiro, após o ataque contra o Palácio do Governo, enquanto decorria uma reunião do Conselho de Ministros com a presença do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam.

Em fevereiro de 2020, após ter tomado posse como Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, mandou acantonar e sair do país a Ecomib, uma força de interposição enviada para a Guiné-Bissau na sequência do golpe de Estado de 2012 para garantir a segurança das instituições de Estado e dos principais líderes guineenses.

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