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Putin "teme que faísca da democracia se espalhe ao seu país", diz Scholz

O chanceler alemão avisou que o presidente russo tem de aceitar a integração da Ucrânia na União Europeia.

Putin "teme que faísca da democracia se espalhe ao seu país", diz Scholz
Notícias ao Minuto

18:46 - 20/06/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Alemanha

O chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou esta segunda-feira que o presidente russo teme que a presença de regimes democráticos à sua volta influencie uma onda democrática no seu país.

Numa entrevista ao jornal Münchner Merkur, citado pela agência Reuters, Scholz disse que Putin "tem de aceitar que há uma comunidade à base de democracias no seu bairro, que está a tornar-se cada vez mais próxima".

"Ele claramente teme que a faísca da democracia se espalhe ao seu país", apontou o líder alemão.

A Rússia nunca viveu um período prolongado de democracia. Desde a subida ao poder de Putin, no início do século, que várias entidades internacionais alertam para a existência de eleições fraudulentas e presos políticos (como Alexei Navalny) no país. Já este ano, desde o início da guerra que o Kremlin impede o uso da palavra "invasão" ou "guerra" nos meios de comunicação social, suspendendo a atividade dos órgãos que não repliquem a propaganda do regime.

Scholz também comentou que Vladimir Putin "pretende uma Europa dividida e um regresso a políticas de esferas de influência", à semelhança do que aconteceu durante a Guerra Fria.

Ele não terá sucesso nisso", avisou.

O chanceler alemão mencionou também a recomendação da Comissão Europeia de dar o estatuto de país candidato à adesão na União Europeia, defendida pela Alemanha, e avisou que a subida dos preços dos combustíveis é um fator que deverá atormentar a economia durante algum tempo. Além disso, Scholz considerou que "não é plausível" a explicação da Rússia sobre cortar o fluxo de gás natural para a Alemanha, através dos gasodutos, por questões técnicas, e não políticas.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 4.500 mortos entre a população civil, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização alerta que o real número de mortos deverá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar as baixas em cidades sitiadas ou tomadas pelos russos, como Mariupol, onde se acredita que tenham morrido dezenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Scholz diz que é necessário alguns líderes continuarem a falar com Putin

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