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Governo britânico antecipa "caos e sofrimento" causado por greves

Negociações para travar aquelas que são consideradas as maiores greves de comboios dos últimos 30 anos no Reino Unido falharam esta tarde e o Governo antecipa que a paralisação causará "caos e sofrimento" a milhões de britânicos.

Governo britânico antecipa "caos e sofrimento" causado por greves
Notícias ao Minuto

18:54 - 20/06/22 por Lusa

Mundo Reino Unido

O ministro dos Transportes, Grant Shapps, atribuiu a responsabilidade aos sindicatos, e lamentou consequências nas viagens de estudantes do ensino secundário para fazer exames esta semana, nas deslocações para o festival de música de Glastonbury no fim-de-semana e na perda de rendimentos por empresas já afetadas pela pandemia covid-19.

"Estamos a fazer tudo o que podemos para minimizar a interrupção", afirmou o ministro no Parlamento, justificando, todavia, a falta de intervenção, alegando que as negociações devem acontecer entre os empregadores e representantes dos trabalhadores.

Shapps disse que só está prevista a circulação de 20% dos comboios, pelo que recomendou às pessoas para "evitarem viajar a não ser que seja absolutamente necessário".

Milhares de funcionários filiados ao sindicato Rail, Maritime and Transport (RMT) da rede ferroviária Network Rail e 13 outros operadores ferroviários vão fazer greve na terça, quinta-feira e sábado.

Os trabalhadores do metro de Londres também vão estar em paralisação na terça-feira.

Os serviços vão começar a ser afetados esta noite, sendo provável que fiquem perturbados ao longo da semana inteira devido ao impacto das greves nos dias posteriores.

"As empresas ferroviárias propuseram taxas de remuneração que estão imensamente abaixo das taxas de inflação relevantes, somando-se aos congelamentos salariais dos últimos anos", afirmou o secretário geral do RMT, Mick Lynch.

O RMT pediu um aumento salarial de pelo menos 7% para fazer face ao aumento do custo de vida, tendo em conta que a inflação já chegou aos 9% e deverá, segundo o Banco de Inglaterra, chegar aos 11% no outono.

Estima-se que o número de serviços diários será reduzido de 20.000 para cerca de 4.500 e os horários serão encurtados para começarem mais tarde e terminarem muito mais cedo do que o habitual, entre as 07:30 e as 18:30.

A greve nos comboios deverá sentir-se em toda a Inglaterra, Escócia e País de Gales e tem como pano de fundo não só os salários, mas também condições de trabalho e redução de postos que as empresas pretendem fazer.

Os transportes são só um dos setores onde se regista descontentamento no Reino Unido, tendo professores, médicos e advogados ameaçado com paralisações também.

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