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Líderes da África Oriental decidem enviar força regional para a RDCongo

Os líderes da Comunidade da África Oriental concordaram hoje em Nairobi em criar uma força regional para tentar acabar com o conflito no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), anunciou a presidência da organização.

Líderes da África Oriental decidem enviar força regional para a RDCongo
Notícias ao Minuto

18:28 - 20/06/22 por Lusa

Mundo RDCongo

"Os chefes de Estado disseram que a força regional deve, em cooperação com o exército e as forças administrativas da RDCongo, procurar estabilizar e garantir a paz na RDCongo", lê-se num comunicado divulgado após uma cimeira realizada em Nairobi.

Segundo a nota, divulgada pela Presidência queniana, que organizou a cimeira, os "chefes de Estado exigiram a aplicação imediata de um cessar-fogo e que a cessação das hostilidades comece imediatamente".

A tensão entre a RDCongo e o Ruanda intensificou-se nas últimas semanas com o ressurgimento da rebelião do Movimento 23 de Março (M23), acusada de matar pelo menos 26 soldados da RDCongo num ataque em janeiro.

Desde então, Kinshasa acusou Kigali de apoiar os rebeldes, maioritariamente da etnia tutsi, o que Kigali tem reiteradamente negado.

O M23 havia sido derrotado em 2013, mas voltou novamente a pegar em armas no final de 2021.

O Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, anfitrião da cimeira e que preside atualmente à Comunidade da África Oriental, pediu na semana passada o envio de uma força regional para o leste da RDCongo para restaurar a paz.

Participaram na cimeira os Presidentes da RDCongo, Félix Tshisekedi, do Ruanda, Paul Kagame, do Uganda, Yoweri Museveni, do Burundi, Evariste Ndayishimiye, e Sudão do Sul, Salva Kiir, bem como o embaixador da Tanzânia Stephen Simbachawene.

A cimeira constituiu uma oportunidade para os líderes da RDCongo e do Ruanda se reunirem pela primeira vez após o avolumar das tensões entre os dois países.

A RDCongo aderiu recentemente à Comunidade da África Oriental.

As relações entre a RDCongo e o Ruanda passaram por momentos de crise desde a chegada em massa ao leste do primeiro país de hutus ruandeses acusados de massacrar os tutsis durante o genocídio ruandês de 1994.

O M23 é acusado desde novembro de 2021 de realizar ataques contra posições do Exército da RDCongo na província de Kivu do Norte, apesar de as autoridades de Kinshasa e o M23 terem assinado um acordo de paz em dezembro de 2013 após os combates registados desde 2012 com os militares da RDCongo, que foi apoiado por 'capacetes azuis' das Nações Unidas.

Especialistas da ONU acusaram o Uganda e o Ruanda de apoiar os rebeldes, mas os dois países rejeitam a acusação.

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