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Brasil. Petrobras anuncia Fernando Borges como presidente interino

A petrolífera estatal brasileira Petrobras informou hoje que nomeou o diretor executivo de Exploração e Produção, Fernando Borges, como presidente administrativo interino, após o pedido de demissão de José Mauro Coelho, anunciado hoje.

Brasil. Petrobras anuncia Fernando Borges como presidente interino
Notícias ao Minuto

16:28 - 20/06/22 por Lusa

Mundo Petrolífera

Numa informação emitida pela Petrobras aos acionistas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a petrolífera indicou que na sequência da vacância na presidência da petrolífera, o "presidente do conselho de administração [da Petrobras] nomeou como presidente interino da companhia o diretor executivo de Exploração e Produção, Fernando Borges".

Borges ficará no cargo até à eleição e posse de um novo presidente executivo.

No início da manhã, a Petrobras anunciou que Coelho tinha pedido demissão do comando da petrolífera e também pediu para ser destituído do conselho administrativo da empresa.

A demissão do ex-presidente da Petrobras foi precipitada por um novo aumento no preço dos combustíveis anunciado no final da semana passada, num momento em que o país está pressionado pela inflação.

A Petrobras, controlada pelo Estado brasileiro, mas com capital misto e cujas ações estão cotadas nas bolsas de São Paulo, Madrid e Nova Iorque, justificou o novo aumento com turbulência dos mercados internacionais de petróleo bruto.

As ações da Petrobras iniciaram o dia suspensas das negociações na Bolsa de Valores brasileira devido ao comunicado ao mercado sobre a renúncia de Coelho.

Após a indicação de Borges, as negociações de ações foram suspensas novamente, mas já estão a ser negociadas no mercado de ações do Brasil.

Coelho já havia sido praticamente demitido em maio passado, quando estava no cargo há apenas 40 dias e o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, decidiu propor Caio Mario Paes de Andrade como novo presidente da Petrobras, até então assessor do Ministério da Economia.

A nomeação de Paes de Andrade, no entanto, ainda não foi analisada pelo conselho de administração da empresa, que deve concluir uma série de trâmites burocráticos.

Essa foi a quarta mudança na direção da Petrobras proposta pelo Governo brasileiro, na qualidade de acionista maioritário, desde que Bolsonaro assumiu o poder em janeiro de 2019.

Esses movimentos sempre responderam ao descontentamento do líder governamental com a política de preços que a Petrobras aplica para a venda de combustíveis no mercado interno, que está diretamente ligada às oscilações do mercado internacional.

Nos últimos meses, devido a essas políticas, os preços dos combustíveis dispararam no Brasil e tiveram forte impacto na inflação, que há mais de 12 meses está em torno de 12% ao ano.

Bolsonaro aumentou a pressão sobre a Petrobras, que anunciou aumentos dos preços da gasolina de 5,18% e do diesel de 14,26%.

A maior preocupação do Governo com a pressão inflacionária é o impacto que pode ter diante das eleições de outubro próximo, nas quais Bolsonaro aspira à renovação do mandato apesar de, até agora, todas as sondagens colocarem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como favorito.

Leia Também: BCE quer "normalizar política monetária" e admite impacto da guerra

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