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Colombianos elegem presidente em 2.ª volta entre esquerdista e populista

Os colombianos escolhem hoje o próximo Presidente da República, na segunda volta das eleições presidenciais disputada entre o candidato da esquerda, Gustavo Petro, e o independente Rodolfo Hernández, batizado pela imprensa local como "o Trump colombiano".

Colombianos elegem presidente em 2.ª volta entre esquerdista e populista
Notícias ao Minuto

07:03 - 19/06/22 por Lusa

Mundo Colômbia

Todos os analistas concordam que estas presidenciais desencadearão uma profunda mudança em relação ao modelo político que tem governado a Colômbia, ou pelo menos é o que prometem os dois candidatos, depois da derrota histórica infligida na primeira volta à direita tradicional, no poder há décadas no país.

Competindo pelo Pacto Histórico, Gustavo Petro, senador e candidato repetente, venceu a 29 de maio, por uma larga margem, a primeira volta do escrutínio, com 40,32% dos votos, e tem pela frente a missão de levar a esquerda ao poder pela primeira vez na história da Colômbia.

A surpresa na primeira volta -- pela ultrapassagem do candidato conservador Federico Gutiérrez - foi o segundo lugar de Rodolfo Hernández, um empresário da construção civil, multimilionário e ex-autarca de Bucamaranga, a quinta cidade do país, com 28,15% dos votos. O seu discurso populista assente em promessas grandiloquentes de luta contra a corrupção fez com que a imprensa local o batizasse como "o Trump colombiano".

Todas as sondagens apontam para uma vitória por estreita margem de qualquer dos candidatos, que estará nas mãos dos indecisos.

No total, 39.002.239 colombianos poderão votar nas 12.263 assembleias de voto instaladas em todo o país pela Comissão de Recenseamento, 5.174 em áreas urbanas e 7.089 nas zonas rurais.

Há também 1.343 mesas distribuídas por 250 postos de votação em 67 países, para que votem os 972.764 cidadãos colombianos registados no estrangeiro. A votação nas embaixadas e consulados começou na passada segunda-feira e termina hoje.

Nesta segunda volta, ganha quem obtiver maioria simples (metade dos votos mais um). No caso improvável de os dois candidatos terem exatamente o mesmo número de votos, a decisão será tomada de forma aleatória, retirando um boletim de uma urna, nos termos do Código Eleitoral colombiano.

O sistema de pré-contagem de votos do país costuma ser bastante rápido, pelo que os primeiros resultados poderão ser conhecidos poucas horas após o encerramento das assembleias de voto, que abrem às 08:00 (14:00 em Lisboa) e fecham às 16:00 (22:00 em Lisboa).

Um fator fundamental será a abstenção. Em 2018, quase metade dos eleitores recenseados, cerca de 47%, decidiu não votar, ao passo que no referendo sobre a paz, em 2016, a abstenção atingiu 62% e foi uma das razões para não ter ganhado o 'não' ao acordo com a guerrilha das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Como aconteceu na primeira volta, o escrutínio de hoje decorre na véspera de um feriado nacional, o que poderá ter influência na participação, embora a 29 de maio se tenha registado a abstenção mais baixa em 20 anos: cerca de 45%.

Tal como nas eleições legislativas de 13 de março e na primeira volta das presidenciais, a União Europeia enviará uma missão de observadores com uma centena de pessoas.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) também destacará para todo o país 87 observadores, e a organização não-governamental Missão de Observação Eleitoral (MOE) terá igualmente uma delegação de monitorização do ato eleitoral, estando ainda previstas outras missões de sindicatos, organizações internacionais e partidos políticos.

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