Um exame à estrutura dentária, realizado no Instituto Nacional de Criminalística de Brasília, esta sexta-feira, dia 17, confirmou que os restos mortais são do jornalista inglês Dom Phillips.
Os restos mortais que seriam do ativista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips chegaram a Brasília na noite desta quinta-feira, dia 16. Os corpos foram encontrados na tarde de quarta-feira, dia 15, após um dos suspeitos revelar o local onde tinha enterrado os cadáveres - a cerca de 3,1 quilômetros o local onde ocorreu o crime.
"Os remanescentes de Dom Phillips fazem parte do material que foi recolhido no local", lê-se no comunicado do comité de crise, coordenado pela Polícia Federal.
Na mesma nota acrescenta-se que estão "em curso os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos".
Horas antes, um outro comunicado das autoridades dava conta que autoridades brasileiras acreditam que os responsáveis pela morte de um jornalista britânico e de um ativista brasileiro na Amazónia "agiram sozinhos", numa altura em que admitem mais detenções.
De acordo com um comunicado do comité de crise, as investigações "apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito".
Ainda assim, as autoridades indicam haver "indicativos da participação de mais pessoas na prática criminosa" e que "com o avanço das diligências, novas prisões poderão ocorrer".
A dupla desapareceu no último dia 5, no Vale do Javari, na Amazónia.
Os dois estavam a viajar numa embarcação nova, com 70 litros de gasolina, que era suficiente para a travessia que tinham de fazer, mas nenhum chegou ao destino final.
A última vez que foram vistos foi na Comunidade São Gabriel, abaixo de São Rafael.
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