Conselheiro de ética de Boris Johnson demite-se devido ao Partygate

Este é o segundo conselheiro independente que o primeiro-ministro britânico perde.

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Beatriz Cavaca
15/06/2022 20:39 ‧ 15/06/2022 por Beatriz Cavaca

Mundo

Partygate

O conselheiro de ética de Boris Johnson, Lord Geidt, renunciou ao cargo, esta quarta-feira, depois de ser interrogado por parlamentares no início desta semana sobre se o primeiro-ministro quebrou o código ministerial quando foi multado pelo Partygate.

Na terça-feira, Lord Geidt recusou-se a comentar junto dos parlamentares os rumores de que tinha considerado demitir-se devido à resposta de Johnson quando este foi multado por violar as regras relacionadas com o escândalo Partygate.

Num comunicado citado pela SkyNews, o responsável disse: "Com pesar, sinto que é o mais correto renunciar ao meu cargo de Conselheiro Independente para os Interesses dos Ministros".

Este é o segundo conselheiro independente que o primeiro-ministro perde. Alex Allan pediu demissão em 2020 depois de Boris ignorar a sua descoberta de que Priti Patel, ministra dos assuntos internos, havia intimidado funcionários públicos.

Recorde-se que o escândalo Partygate diz respeito a seis ajuntamentos de funcionários governamentais, entre 20 de maio de 2020 e 16 de abril de 2021, durante a pandemia, nos quais o primeiro-ministro britânico esteve presente.

Na sequência do inquérito iniciado em janeiro, as autoridades multaram um total de 126 pessoas, presentes em oito eventos diferentes que violavam as regras da pandemia. 

Destas 126 pessoas multadas, 28 receberam entre duas a cinco notificações. Entre os multados encontram-se vários membros do governo e Boris Johnson.

Este escândalo foi inicialmente divulgado em finais de 2021 e colocou o cargo do primeiro-ministro britânico em risco, tendo inclusivamente levado a uma moção de censura por parte do Partido Conservador na semana passada.

O governante acabou por sobreviver a esta moção, no entanto, com 148 votos contra em 359 (41%),  mostrando que não tem o apoio da totalidade do partido.

Leia Também: Boris Johnson determinado em manter voos para Ruanda apesar das críticas

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