Transgénero. Organização mundial terá novas recomendações no final do ano
Grupo defende que início dos tratamentos tem impacto na saúde mental e também na redução do número de suicídios.
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Mundo LGBTI+
A Associação Profissional Mundial para Saúde Transgénero (WPATH) vai emitir, no final do ano, novas recomendações para os procedimentos de mudança de sexo.
De acordo com a agência Associated Press (AP), que teve acesso ao documento, estas alterações serão, sobretudo, ao nível das cirurgias e medicação hormonal.
A toma de hormonas será recomendada, de acordo com o documento citado, a partir dos 14 anos, dois anos mais cedo do que o grupo recomenda atualmente. Também as cirurgias poderão vir a ser recomendas um ano mais cedo, começando aos 15 ou 17 anos, dependendo do tipo de operação.
As novas recomendações incluem ainda a mastectomia (remoção de peito) a partir dos 15 anos, o que, de acordo com as recomendações atuais só se pode realizar um ano depois de começar a tomar hormonas, ou seja, a partir dos 17 anos. Ainda no âmbito das cirurgias, o grupo recomendará que a maior arte das operações de cirurgia de redesignação sexual comecem a partir dos 17 anos, um ano antes daquilo que está recomendado.
O grupo adverte para potenciais riscos, ressalvando, no entanto, que pode não ser ético e tornar-se perigoso reter os tratamentos.
Apesar de o grupo de trabalho ressalvar que ainda não há muitos estudos sobre as situações em que uma pessoa não se identifica com o sexo com que foi registada, explicam que, na última década, o número de estudos que sugerem que os tratamentos podem melhorar a saúde mental e o bem-estar emocional, assim como reduzir o número de suicídios, tem vindo a aumentar.
De acordo com as informações citadas pela AP, quanto mais cedo os tratamentos para a mudança de sexo começarem, mais hipóteses os adolescentes têm de experienciar a puberdade tal como se identificam.
A idade não será, no entanto, o único fator - a maturidade, a autorização dos pais, duração do desconforto com o género e uma avaliação psicológica serão também situações a ser tidas em conta.
Apesar de estas recomendações também terem diretrizes direcionadas para os adolescentes, as maiores alterações são vistas no público mais jovem - porque, explicaram os especialistas à AP, tem havido um aumento de crianças referenciadas para esta mudança, assim como esforços o políticos para restringir os tratamentos.
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