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Tribunal britânico declara morte cerebral de criança mas família contesta

A mãe do menino garante que não desistirá de lutar pelo filho, sublinhando que "é apenas o começo".

Tribunal britânico declara morte cerebral de criança mas família contesta
Notícias ao Minuto

10:31 - 14/06/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Reino Unido

Após três meses em coma, o Supremo Tribunal britânico decretou que Archie Battersbee, de 12 anos, está “clinicamente morto”, ordenando, por isso, que os tratamentos de suporte de vida da criança sejam terminados. Hollie Dance e Paul Battersbee, pais do menor, contestam a decisão, alegando que o coração do menino ainda bate, tendo mesmo agarrado a mão da mãe.

Desde o dia 7 de abril que Archie Battersbee se encontra no seio de uma batalha legal, após a sua mãe o ter encontrado inconsciente com uma ligadura na cabeça, na sua casa em Southend, no Essex, possivelmente devido a um desafio viral nas redes sociais, relata a Sky News.

Na segunda-feira, o Supremo Tribunal britânico decretou que o menino, internado no Royal London Hospital, em Londres, está “clinicamente morto”, dando permissão para que os médicos desliguem as máquinas que mantêm Archie vivo.

Peritos revelaram em tribunal, na semana passada, que Archie não demonstra atividade cerebral "digna de nota", tendo ainda "áreas significativas de tecido necroso", pelo que as probabilidades de recuperação são "muito baixas", devido ao seu prognóstico “muito grave”.

Nessa linha, a juíza encarregue do caso notou que "Archie morreu ao meio-dia de 31 de maio de 2022, pouco depois das ressonâncias magnéticas feitas nesse dia", considerando que “a cessação irreversível da função do tronco cerebral foi estabelecida de forma conclusiva”.

À saída do tribunal, a mãe do menino mostrou-se “devastada e extremamente desapontada” com a decisão judicial, apontando que a juíza “falhou” e que não foi dado tempo suficiente ao filho.

"Após semanas a travar uma batalha legal, quando eu queria estar à beira da cama do meu menino, basear o julgamento num teste de ressonância magnética - com a probabilidade de que ele esteja morto - não chega. É a primeira vez que alguém é declarado 'provavelmente morto' com base numa ressonância magnética", apontou.

“O seu coração ainda bate. Até que seja a vontade de Deus, não vou aceitar que partirá”, acrescentou, assegurando que a família não desistirá.

“Isto é apenas o começo. Não vou desistir do meu filho”, garantiu.

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