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Burkina Faso cumpre luto nacional de três dias após ataque com 50 mortos

O Presidente de transição do Burkina Faso, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, decretou na segunda-feira à noite 72 horas de luto nacional após um ataque de presumíveis extremistas islâmicos no norte do país que fez pelo menos 50 mortos.

Burkina Faso cumpre luto nacional de três dias após ataque com 50 mortos
Notícias ao Minuto

10:33 - 14/06/22 por Lusa

Mundo Burkina Faso

Segundo o decreto presidencial, o luto nacional, que começou às 00:00 de hoje (01:00 em Lisboa) e termina à mesma hora na noite de quinta para sexta-feira, será observado em todo o território nacional "em memória das vítimas do ataque perpetrado por indivíduos armados não identificados contra a comuna de Seytenga, na província de Séno, na região do Sahel, na noite de 11 para 12 de junho".

"Durante esse período, as bandeiras serão colocadas a meia haste em todos os edifícios públicos e nas representações do Burkina Faso no estrangeiro", sublinha o decreto, que proíbe "festas populares e manifestações de caráter recreativo".

Na noite de sábado para domingo, pelo menos 50 civis morreram num ataque contra a aldeia de Seytenga, no norte do país, um dos balanços mais pesados desde que a junta militar tomou o poder em janeiro.

Segundo a União Europeia, que condenou o ataque, o número de mortes poderá ascender a uma centena.

"O método usado pelo grupo terrorista responsável pelo ataque, ou seja, a execução sistemática de qualquer pessoa encontrada na vila é terrível", disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, num comunicado de imprensa.

Seytenga já tinha sido atacada na quinta-feira por um ataque 'jihadista' que matou 11 guardas.

O exército do Burkina Faso, anunciou ter matado cerca de quarenta extremistas islâmicos na sequência desse ataque.

As mortes do fim de semana "são represálias pelas ações do exército que fizeram uma sangria" nos grupos 'jihadistas', admitiu o porta-voz do Governo, Lionel Bilgo.

Após a chegada ao poder do tenente-coronel Damiba, que derrubou o presidente Roch Marc Christian Kaboré, acusado de ineficácia contra a insegurança, os ataques desses movimentos afiliados à Al-Qaida e ao grupo Estado Islâmico pararam.

Mas entretanto recomeçaram e já mataram mais de 300 civis e militares nos últimos três meses.

O norte e o leste do país, que fazem fronteira com o Mali e o Níger, são as regiões do país mais afetadas pela violência extremista.

Desde 2015, os ataques atribuídos aos 'jihadistas' já fizeram mais de 2.000 mortos e cerca de dois milhões de deslocados no Burkina Faso.

FPA // JH

Lusa/fim

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