Na sua atualização diária desta terça-feira sobre a situação na Ucrânia, o Ministério da Defesa do Reino Unido informou que as tropas russas fizeram "pequenos avanços" na região de Kharkiv "pela primeira vez em várias semanas"; depois dos ucranianos terem celebrado a retirada dos russos da segunda maior cidade do país, que fica na zona nordeste.
Numa nota publicada no Twitter, os britânicos alertam ainda que o "principal esforço operacional russo continua a ser o assalto contra a região de Severodonetsk".
De recordar que, no final de maio, a retirada de tropas russas da região de Kharkiv motivaram a reabertura do serviço de metro na cidade e uma visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, às tropas destacadas na periferia da cidade.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 14 June 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) June 14, 2022
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Na mesma nota, os serviços de informação britânicos mencionam que o investimento em defesa na Rússia está a aumentar para corresponder ao esforço de guerra.
Segundo o Reino Unido, o "vice-presidente da comissão industrial militar russa previu que o investimento do estado em defesa aumente em 600 a 700 mil milhões de rublos (entre 10 a 11,7 mil milhões de euros), o que se aproximaria de um aumento de 20% no orçamento de defesa".
No entanto, o comunicado refere que as sanções e o atraso tecnológico no material bélico russo continuam a complicar as contas do Kremlin. Apesar do investimento reforçado pelo estado permitir que a máquina de guerra continue a funcionar, "a indústria continua a ter dificuldades em corresponder a muitos requisitos" e "a produção russa de sistemas eletrónicos avançados provavelmente continuará perturbado e poderá enfraquecer os seus esforços em substituir equipamentos perdidos na Ucrânia".
Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez quase 4.400 mortos entre a população civil (incluindo mais de 200 crianças). Contudo, estima-se que o número real de mortos seja muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar baixas civis em zonas tomadas ou sitiadas pelos russos.
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