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"Manter a Ucrânia fora da União Europeia funciona contra a Europa"
Zelensky disse estar “certo de que em breve” haverá uma “resposta sobre o estatuto de candidato” do país à UE e que a “decisão pode fortalecer” não só a Ucrânia, como também o bloco europeu.
© Getty Images
Mundo Volodymyr Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, considerou, este sábado, que o “manter a Ucrânia fora da União Europeia funciona contra a Europa” e questionou a razão de existirem “cépticos” em relação a uma possível adesão do país ao bloco europeu.
“Que mais precisa de acontecer na Europa para deixar claro aos cépticos que manter a Ucrânia fora da União Europeia funciona contra a Europa?”, começou por questionar o chefe de Estado, na sua comunicação diária ao país.
Na ótica de Zelensky, tal já “é óbvio para os ocupantes russos”. “Dizem-no quando atormentam o nosso povo que é alegadamente pelo facto de a Ucrânia ter ido para a Europa. E então porque é que a Europa tem cépticos?”, frisou.
No seu discurso, citado pela presidência da Ucrânia, o chefe de Estado disse estar “certo de que em breve” haverá uma “resposta sobre o estatuto de candidato” do país à UE e que a “decisão pode fortalecer” não só a Ucrânia, como também toda a União Europeia.
Sobre o avanço das tropas russas em territórios ucranianos, Zelensky revelou que os militares ucranianos “estão gradualmente a libertar o território da região de Kherson” e que “há também um certo sucesso na região de Zaporizhzhia”. Já em Severodonetsk, “os ferozes combates de rua continuam”.
"Lembram-se de como a Rússia esperava capturar todo o Donbass no início de maio? Já é o 108º dia da guerra, já estamos em junho. Donbass está a aguentar-se", recordou.
Segundo Zelensky, "as perdas sofridas" pela Rússia nesta região "são extremamente significativas". "No total, o exército russo tem hoje cerca de 32 mil almas mortas. Para quê? O que é que isso lhe deu, Rússia?”, questionou ainda.
Assinala-se, este sábado, o 108.º dia da invasão russa da Ucrânia. Segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser mais elevado, pelo menos 4.200 civis morreram no conflito.
Leia Também: AO MINUTO: Zelensky pede 7.º pacote de sanções; Ucrânia responde a Biden
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