Meteorologia

  • 03 MAIO 2024
Tempo
19º
MIN 10º MÁX 19º

Ortega autoriza exercícios militares conjuntos entre Nicarágua e Rússia

O Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, autorizou a ida para a Rússia de 50 militares nicaraguenses para participarem em exercícios conjuntos e a entrada no país de soldados russos para treino militar, atividades que decorrerão entre julho e dezembro.

Ortega autoriza exercícios militares conjuntos entre Nicarágua e Rússia
Notícias ao Minuto

06:24 - 10/06/22 por Lusa

Mundo Daniel Ortega

De forma rotativa, 50 soldados nicaraguenses vão "participar em exercícios de intercâmbio e instrução militar e treino em operações de ajuda humanitária".

O líder sandinista autorizou também a entrada de tropas, navios e aeronaves das Forças Armadas russas para participar em operações "contra ilícitos" no mar das Caraíbas e no oceano Pacífico na Nicarágua, segundo o decreto presidencial publicado na quinta-feira no Diário Oficial.

Ortega autorizou ainda a entrada em Nicarágua, de forma rotativa, de 80 militares russos para participarem, com membros do Comando de Operações Especiais do Exército nicaraguense, numa "troca de experiências e exercícios de treino em operações de ajuda humanitária".

Outros 50 militares russos vão estar na Nicarágua, de forma rotativa, para participarem com membros da Força Naval, Aeronáutica e Corpo de Transmissão "na troca de experiências e comunicação operacional com navios e aeronaves do Exército da Nicarágua em tarefas de combate ao narcotráfico e ao crime organizado transnacional".

De acordo com o decreto presidencial, a entrada de soldados, navios e aeronaves russos decorrerá entre 01 de julho até dezembro deste ano.

Ortega, 76 anos -- o líder da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) que em 1979 derrubou a ditadura de Anastácio Somoza e se manteve no poder até 1990 -- regressou ao poder em 2007 e foi reeleito para um quinto mandato de cinco anos, juntamente com a sua mulher e vice-presidente, Rosario Murilo.

A Rússia é uma antiga aliada da Nicarágua que durante o primeiro regime sandinista (1979-1990) forneceu armas soviéticas às Forças Armadas nicaraguenses.

A Nicarágua é um dos poucos países, juntamente com a Venezuela e os pequenos estados insulares de Nauru e Tuvalu, que se juntaram à Rússia no reconhecimento da independência das regiões separatistas da Abkhazia e da Ossétia do Sul, e que receberam altos funcionários russos desde a invasão russa da Ucrânia.

Além disso, no final de 2020, a Nicarágua estabeleceu um consulado na Crimeia, território ucraniano anexado pela Rússia, o que provocou a condenação por parte da Ucrânia.

O mesmo decreto presidencial autoriza, também por seis meses, a entrada em território nacional de tropas, navios e aeronaves das Forças Armadas da Venezuela, que desempenharão as mesmas funções que as da Rússia.

Ortega também autorizou a entrada de militares de Cuba e do México, para "intercâmbios e trabalhos de caráter humanitário" com as forças nicaraguenses.

Já no caso das Forças Armadas dos Estados Unidos, o líder sandinista autorizou a entrada de militares, num número não especificado, e de forma diferente das outras Forças Armadas, com a presença a ser "previamente planeada e coordenada com o Exército nicaraguenses".

O objetivo, segundo o Presidente, é que os militares dos EUA atraquem nos portos e desembarquem nos aeroportos nacionais para realizar "operações de ajuda humanitária e missões de busca, salvamento e salvamento em situações de emergência ou desastres naturais, por via aérea, marítima e terrestre".

Leia Também: EUA recebem Cimeira das Américas com crise migratória na agenda

Recomendados para si

;
Campo obrigatório