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Buscas em Mariupol criam uma "caravana de morte sem fim"

Trabalhadores camarários estão a remover corpos dos escombros de arranha-céus na cidade devastada ucraniana de Mariupol, criando uma "caravana de morte sem fim", disse, esta quarta-feira, um assessor do presidente daquele município.

Buscas em Mariupol criam uma "caravana de morte sem fim"
Notícias ao Minuto

23:13 - 08/06/22 por Lusa

Mundo Mariupol

Na aplicação móvel Telegram, Petro Andryushchenko adiantou que, numa busca em cerca de dois quintos dos prédios, encontraram de 50 a 100 corpos em cada um. Os corpos estão a ser levados para morgues e valas comuns.

As autoridades ucranianas estimam que pelo menos 21 mil civis foram mortos e centenas de prédios destruídos durante um cerco russo de uma semana a Mariupol. Surgiram relatos de valas comuns com milhares de corpos.

A Rússia reivindicou o controlo total de Mariupol no mês passado.

A cidade passou por alguns dos piores momentos da guerra e tornou-se um símbolo de perseverança, depois de centenas de combatentes ucranianos terem resistido durante meses numa central siderúrgica, em Azovstal, apesar dos bombardeamentos.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de quase 15 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,9 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou hoje que 4.266 civis morreram e 5.178 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 105.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Preocupadas com a Rússia, mulheres finlandesas preparam-se para combater

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