Armas ocidentais já estão a fazer a diferença no combate, diz a Ucrânia
Apesar de todo o conflito estar a avançar de forma bastante lenta neste momento, "a situação pode evoluir muito rapidamente", considerou ainda o chefe máximo de Mykolaiv.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O governador da região de Mykolaiv, Vitaliy Kim, afirmou esta quarta-feira que os sistemas de artilharia fornecidos pelo Ocidente à Ucrânia já estão a fazer a diferença no terreno de combate, noticia a Reuters. Segundo o representante, é "apenas uma questão de tempo" antes que as forças de Kyiv recuperem terreno significativo no sul do país.
O governador de Mykolaiv garantiu ainda que as forças ucranianas tiveram "algum sucesso" nas últimas semanas nas suas investidas de contra-ataque na região 'vizinha' de Kherson.
Questionado sobre em que momento as armas ocidentais começariam a fazer a diferença no terreno de batalha contra as forças de Moscovo, Kim foi perentório: "Já está a acontecer. E teremos [mais] sucesso", acrescentou.
"Estamos a falar de artilharia", prosseguiu o chefe máximo de Mykolaiv. "Já está a funcionar na nossa região." Vitaliy Kim recusou-se, no entanto, a dizer que sistemas específicos de artilharia ocidental estavam a ser utilizados nessa contraofensiva.
Nas últimas semanas, tropas russas e ucranianas têm concentrado parte significativa dos seus recursos na luta pelo controlo da região do Donbass. Porém, o domínio das regiões que ladeiam o Mar Negro, como é o caso de Odessa e Mykolaiv, permanece imprescindível para assegurar o futuro económico do país.
Na perspetiva de Vitaliy Kim, de forma a conseguir progressos significativos no sul do país (e, nomeadamente, recuperar terras entretanto conquistadas pela Rússia), a Ucrânia irá necessitar, muito provavelmente, de mais mão-de-obra. Para isso, poderá ser necessário deslocalizar militares que têm estado a combater no leste do país ou, então, mobilizar mais pessoas para o combate.
E o que diz o governador regional quando a um eventual novo assalto russo a Mykolaiv e Zaporizhzhia? "Nos próximos meses, penso que têm algumas oportunidades de atacar Zaporizhzhia e Mykolaiv. Mas, por agora, não vemos nenhum reagrupamento, nenhum grande exército a atacar", esclareceu Kim.
Apesar de todo o conflito estar a avançar de forma bastante lenta neste momento, "a situação pode evoluir muito rapidamente", considerou ainda o chefe máximo de Mykolaiv.
Assinala-se, esta quarta-feira, o 105.º dia da invasão russa da Ucrânia. Segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser mais elevado, pelo menos 4.200 civis morreram no conflito.
Leia Também: Capturados por russos, três prisioneiros negam ser mercenários na Ucrânia
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com