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Nuclear. Irão desliga 2 câmaras de vigilância de órgão das Nações Unidas

O Irão desligou duas câmaras de vigilância do órgão das Nações Unidas que monitorizavam uma das estruturas envolvidas no programa nuclear iraniano e no processo de enriquecimento de urânio, informou hoje a televisão estatal iraniana.

Nuclear. Irão desliga 2 câmaras de vigilância de órgão das Nações Unidas
Notícias ao Minuto

13:06 - 08/06/22 por Lusa

Mundo Nuclear

A reportagem transmitida pela televisão iraniana não identificou o local onde estavam instaladas as duas câmaras de vigilância, mas referiu que os aparelhos monitorizavam "níveis de enriquecimento OLEM e os medidores de fluxo".

De acordo com a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), a televisão iraniana estaria a referir-se provavelmente aos Monitores de Enriquecimento Online da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) -- órgão das Nações Unidas -, que observam o enriquecimento de gás de urânio através de tubagens nas instalações nucleares.

Atualmente, o Irão está a enriquecer urânio em duas estruturas nucleares subterrâneas em Fordo e Natanz.

Segundo a AP, o regime de Teerão está a controlar as imagens das câmaras de vigilância da AIEA desde fevereiro de 2021, como uma tática de pressão nas negociações para restaurar o acordo internacional sobre o controverso programa nuclear iraniano que foi firmado em 2015.

A AIEA, com sede em Viena, ainda não respondeu ao pedido de comentário da AP sobre este assunto.

O acordo internacional ficou praticamente sem efeito desde a retirada unilateral dos Estados Unidos, em 2018, durante o mandato do ex-Presidente republicano Donald Trump, que alegou falta de cumprimento por parte de Teerão e restabeleceu sanções ao Irão.

Em resposta, o Irão deixou gradualmente desde 2019 de respeitar as duras restrições que o pacto impunha ao seu programa nuclear.

A eleição do atual Presidente norte-americano, Joe Biden, permitiu relançar, na primavera de 2021, em Viena, os esforços para recuperar o acordo, mas as negociações estão estagnadas desde março.

Leia Também: Kyiv opõe-se à visita da agência nuclear à central de Zaporijia

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