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Mais de 1,9 milhões de deslocados devido ao terrorismo no Burkina Faso

O número de pessoas deslocadas internamente pela insegurança ligada ao terrorismo no Burkina Faso ultrapassou os 1,9 milhões, anunciaram as autoridades do país.

Mais de 1,9 milhões de deslocados devido ao terrorismo no Burkina Faso
Notícias ao Minuto

11:34 - 06/06/22 por Lusa

Mundo Burkina Faso

De acordo com os últimos dados do Conselho Nacional para Emergências e Reabilitação (CONASUR) do Governo burquinabé, houve um aumento de aproximadamente 2,7% em comparação com a última contagem no final de março deste ano.

O número de pessoas obrigadas a abandonar as suas casas devido à insegurança aumentou de 1.850.923 para 1.902.150 a partir de 30 de abril, segundo a mesma fonte.

As regiões mais afetadas são o Centro-Norte, que representa 34,5% dos deslocados (mais de 650.000 pessoas) e o Sahel, com 30,2% (mais de 570.000), sendo 52% do total crianças até aos 14 anos de idade e 53% mulheres.

Em março passado, o Conselho Norueguês para os Refugiados (CNR), a Ação Contra a Fome, os Médicos do Mundo e a Oxfam declararam num comunicado conjunto que, desde janeiro de 2019, a população deslocada no Burkina Faso aumentou em 2.000%.

O Burkina Faso tem sofrido repetidos ataques terroristas desde abril de 2015, levados a cabo por grupos ligados tanto à Al-Qaida como ao Estado Islâmico.

A região mais atingida do Burkina Faso é o Sahel, que partilha uma fronteira com o Mali e o Níger, embora o fundamentalismo islâmico também se tenha alargado a outras áreas vizinhas, e, desde 2018, à região oriental do país.

Em novembro de 2021, um ataque a um posto da polícia causou 53 mortos), o que gerou grande agitação social que levou a fortes protestos exigindo a demissão do então Presidente burquinabé, Roch Kaboré.

Meses depois, em 24 de janeiro, os militares tomaram o poder num golpe de Estado - o quarto na África Ocidental desde agosto de 2020 - e depuseram o Presidente.

Em operações nas últimas duas semanas, desde 19 de maio, o exército anunciou ter matado um total de 50 terroristas, incluindo dois líderes.

Leia Também: CEDEAO adia decisões sobre sanções ao Mali, Guiné-Conacri e Burkina Faso

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