O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Kuwait referiu esta sexta-feira, em comunicado, que convocou o diplomata norte-americano James Holtsnider após a publicação de mensagens "de apoio à homossexualidade".
Na nota de imprensa, o ministério enfatiza "a necessidade da embaixada respeitar as leis e regras em vigor no país".
A embaixada norte-americana naquele país do Golfo Pérsico publicou na quinta-feira, na sua conta no Twitter, uma foto com a bandeira do arco-íris para marcar o início do "mês do orgulho" nos Estados Unidos, que celebra a comunidade LGBTQI+ [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero, Queer e Intersexo].
A publicação conta também com uma citação do chefe de Estado norte-americano, Joe Biden: "Todos os seres humanos devem ser tratados com respeito e dignidade e poder viver sem medo, não importa quem sejam ou quem amem".
As representações dos EUA em outros países da região, como a Arábia Saudita, Bahrein ou Emirados Árabes Unidos, também divulgaram mensagens semelhantes.
No Kuwait, o 'tweet' da embaixada norte-americana suscitou inúmeras críticas nas redes sociais, com muitos internautas a associarem a mensagem a um ataque aos valores morais do país.
Mas, apesar de um forte conservadorismo, esta nação rica em petróleo vive ao ritmo de uma relativa abertura política e de uma sociedade civil muito ativa, parâmetros únicos na região do Golfo.
Em fevereiro, o Tribunal Constitucional do Kuwait declarou inconstitucional uma lei que criminalizava a "imitação do sexo oposto", um passo descrito pela Organização Não Governamental (ONG) Amnistia Internacional como "um grande passo em frente para os direitos dos transgéneros na região".
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