Combates entre rebeldes chadianos e milícia sudanesa fazem 32 mortos
Pelo menos 32 pessoas morreram em intensos combates entre rebeldes chadianos e uma milícia do Sudão, no norte do Chade, segundo fontes das autoridades e dos insurgentes.
© DJIMET WICHE/AFP via Getty Images
Mundo Chade
Os confrontos opuseram os rebeldes chadianos da Frente da Nação pela Democracia e a Justiça do Chade (FNDJT, na sigla em francês) e uma milícia sudanesa conhecida como Toboros.
Ocorreram por volta das 05:00 (hora local e em Lisboa), na localidade de Kouri, na província de Tibesti, a cerca de 30 quilómetros da fronteira entre o Chade e a Líbia.
"É uma zona que ocupamos há mais de oito anos e onde não guerreamos com a população. Foram os milicianos sudaneses que nos atacaram", afirmou à agência Efe o coronel Ahmid Mimi, membro da FNDJT.
Mimi acrescentou que os combates "duraram mais de duas horas" e que foram mortos 27 milicianos sudaneses, sendo os restantes "derrotados e empurrados em direção à Líbia", com um custo de "cinco dos nossos homens".
Segundo as autoridades do Chade, os atacantes haviam penetrado na região em busca de ouro.
O governador da província de Tibesti, Ramadane Ali, disse à agência noticiosa espanhola que ambas as partes dos confrontos são "ilegais" e compostas de "bandidos".
Rica em ouro, tungsténio, estanho e petróleo, a província tem sido cenário recorrente de confrontos entre mineiros ilegais e rebeldes chadianos, mas também entre os habitantes e o exército do Chade.
Na semana passada, mais de 100 pessoas morreram em Tibesti, fruto de combates entre duas comunidades de mineiros de ouro.
Desde 2016, esta província é também palco do conflito entre as forças armadas do Chade e a Frente para a Alternância e Concórdia no Chade (FACT, na sigla francesa).
Em abril de 2021, o antigo Presidente do país, Idriss Déby, com 68 anos, morreu vítima de ferimentos sofridos em combate contra os rebeldes da FACT na província de Tibesti.
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