Von der Leyen vai ao Cairo debater insegurança alimentar e culpa Rússia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai deslocar-se ao Cairo para debater a segurança alimentar global, prevendo "uma grave crise alimentar" devido ao bloqueio de cereais nos portos ucranianos na sequência da invasão russa.

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Lusa
31/05/2022 16:02 ‧ 31/05/2022 por Lusa

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Cimeira

 

Falando em conferência de imprensa no final do Conselho Europeu extraordinário, na quinta-feira e hoje, Von der Leyen anunciou que "em meados de junho" se vai reunir com o Presidente egípcio, Abdul Al-Sisi, para debater o problema do abastecimento de trigo ao país, muito dependente das importações da Ucrânia.

"Está em desenvolvimento uma grave crise alimentar com total responsabilidade da Rússia, por causa desta guerra brutal e inclassificável", disse a líder do executivo comunitário, adiantando que Moscovo não se limita a bloquear os portos ucranianos no Mar Negro, mas também "bombardeia armazéns e campos aráveis".

Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, salientou que a União Europeia e a União Africana têm de ver como "podem cooperar de maneira mais efetiva".

Uma ideia partilhada por Ursula von der Leyen, que defendeu a necessidade de "ajudar a aumentar, a médio e longo prazo, a produção [agrícola] em África".

Numa situação normal, adiantou Von der Leyen na conferência de imprensa, a Ucrânia exporta em média cinco milhões de toneladas por mês, mas atualmente não passa de 200 mil nas 'vias verdes', de solidariedade da UE.

Charles Michel acrescentou que o bloco apoia "todos os esforços da ONU para abrir um corredor marítimo no Mar Negro".

No que respeita ao bloqueio russo imposto nos portos ucranianos, nomeadamente o de Odessa, os líderes europeus apelam, nas conclusões adotadas, aos Estados-membros que "acelerem o trabalho nas 'Vias de Solidariedade'", que poderão servir como alternativa terrestre - ainda que mais lenta e mais cara -- para o escoamento dos 20 milhões de toneladas de trigo bloqueadas na Ucrânia.

A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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