Cinco mortos em operação "antiterrorista" no leste do Tajiquistão
Cinco pessoas foram hoje mortas no decurso de uma operação "antiterrorista" no leste do Tajiquistão, numa região junto à fronteira com o Afeganistão e a China afetada por confrontos armados, indicaram as autoridades.
© Getty Images
Mundo Terrorismo
Cinco "membros de uma organização criminal e terrorista foram neutralizados" após terem apresentado "resistência armada" às forças de segurança, declarou o Ministério do Interior, citado pela agência noticiosa estatal Khovar.
No local, as autoridades detetaram diversas armas de assalto e explosivos, segundo a mesma fonte.
As autoridades desencadearem em meados de maio uma operação "antiterrorista" na região autónoma de Gorno-Badakhchan (BGAO), uma vasta zona montanhosa do maciço do Pamir, que representa perto de metade da superfície do Tajiquistão, mas com apenas 200.000 dos nove milhões de habitantes do país.
A região faz fronteira com o Afeganistão, com a China e com o Quirguistão.
As forças tajiques efetuaram nos últimos dias diversos 'raides', num contexto de crescentes tensões com dirigentes locais.
No total, e incluindo o balanço hoje anunciado, 13 pessoas foram mortas desde o início da operação "antiterrorista", incluindo um militar, e detidas dezenas de pessoas.
Em 22 de maio, as autoridades anunciaram a morte de Mamadbokir Mamadbokirov, o poderoso chefe de um grupo armado, durante um confronto "entre grupos criminosos".
O Tajiquistão, a mais pobre das ex-repúblicas soviéticas da Ásia central, depende em grande parte dos seus trabalhadores emigrados na Rússia.
Na década de 1980, o país foi assolado por uma guerra civil com os islamistas e opositores ao regime no poder, em particular grupos do Gorno-Badakhchan.
Desde 1992 que o país é dirigido por Emomali Rakhmon, cuja deriva autoritária tem sido denunciada por numerosas organizações não-governamentais (ONG) e capitais ocidentais.
Os confrontos entre as forças tajiques e diversos grupos armados, islamistas ou traficantes de droga provenientes do Afeganistão, ainda eram frequentes na década de 2000, mas tornaram-se menos expressivos a partir da década seguinte.
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